sábado, 28 de abril de 2012

Uma casca de banana do grego na lição de amanhã





Todas as línguas são pródigas em armadilhas para seu aprendizado. O grego floresceu entre os estudiosos da Bíblia, para a expansão e o aprofundamento de sua compreensão. Infelizmente, diversos paradigmas mal embasados nortearam tal estudo. É o caso do padrão ágapê. Tal padrão consiste em atribuir o substantivo ágapê, apenas e tão somente, ao amor de Deus. Fileô seria o amor entre irmãos e eros, o amor sexual, do desejo.

Já mostramos que este padrão não se sustenta, em outras ocasiões. Agora vem o texto áureo de amanhã:  Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele (I João 2:15). Ameis, ama e amor são todos ágapê, como você poderá observar na figura acima, mesmo que não conheça a língua!

Porém, a questão primordial é: qual dos três é o amor de Deus? Certamente, Deus ama aos irmãos unidos, assim como jubila com o sexo dentro dos padrões bíblicos. Pense nisso!

Quatro lições dos reis magos para a adoração moderna




Trazer o melhor é essencial


A narrativa da adoração nos Evangelhos inicia de forma singular. Estrangeiros se colocam adiante dos judeus e presenteiam o Rei em seu estábulo-berço (Mateus 2:11). Quase ninguém sabia que o Mestre já havia nascido, quando eles, guiados por uma estrela, chegaram à Jerusalém. Trouxeram ouro, incenso e mirra. A primeira lição efetiva: para adorar, devemos trazer o melhor possível! Não era tanto pelo valor do presente, aqueles olhares de satisfação emolduravam perfeitamente o quadro. Hoje, pastores inescrupulosos olham para os bolsos dos fiéis, enquanto recitam o mantra: Dê o melhor! O melhor é fugir deles. O melhor que você pode trazer para a adoração é algo que você não pode comprar: sua vida, seu coração!

Quantos não diz muita coisa

Não sabemos quantos eram os magos. Pela quantidade de presentes: ouro, incenso e mirra, a tradição católica entabula três. O número não diz muita coisa. Mas que eles fizeram um culto, não tenham dúvidas! Há inúmeros festivais de adoração, reuniões nas quais o número engana. Fuja das grandes reuniões, em geral Deus não será adorado nelas. Políticos, tendências, inovações, excrescências, objetivos inconfessáveis terão prioridade. Honram a Deus com os lábios, mas o coração... (Mateus 15:8). Ultimamente, até mesmo cultos aonde a Bíblia é exposta servem mais a propósitos acadêmicos ou de vaidade própria.

Seja diligente

Deus é encontrado pelos que o buscam, com persistência (Jeremias 29:13). A geração toque/acende em que vivemos, em cujos domínios o automatismo é cultuado, prioriza o imediatismo. Dobrou os joelhos, já está disparando em línguas, chorando e urrando. Não é assim que funciona. Deus não é McDonald's! É preciso quebrantamento e tempo em sua presença para adorá-lo. Mímicas, expressões, sugestionamentos, chavões, clichês não vão ter efeito algum. Deus procura os verdadeiros adoradores, em oposição à falsidade de alguns reuniões de adoração. Não tenha pressa (Isaías 28:16), não fique ansioso... Os magos andaram inúmeros quilômetros somente para encontrar o Rei seguindo sua Estrela. E não desistiram no palácio, quando Herodes os queria usar como inocentes úteis.

Creia no sobrenatural

A adoração é uma experiência divina. Deus fará questão de retribuir sua devoção verdadeira. Os magos nos ensinam que não ignoravam estrelas e sinais. Sob a orientação divina seguiram seu caminho, sem delongas e ponderações. Quantos desprezam um culto verdadeiro, que apenas lhe parece fora de determinados padrões estáticos? Derrame-se, desarme-se, deslumbre-se. A adoração verdadeira é assim. Esqueça os termos da moda. O sobrenatural é simples.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Promessas de Jesus à sua Igreja

1) Que teríamos problemas (João 16:33)
2) Que Ele estaria conosco (Mateus 28:20)
3) Que seríamos vencedores ao final!

Quem eram os nicolaítas?

Leiamos Barclay:


O nome de Nicolau, fundador dos nicolaítas, provém de duas palavras gregas, nikan, que significa conquistar e laos, que significa povo. Balaão, por seu lado, pode derivar-se de duas palavras hebraicas, mofa, que significa conquistar, e ha'am, que significa povo. Os dois nomes, então, têm o mesmo significado e, provavelmente se trate da mesma pessoa, um mestre daninho mas influente, que conseguiu subjugar a muitos seguidores e ganho uma vitória para o mal.

Qual é a história de Balaão do Antigo Testamento? Em Números 25:1-5 encontramos uma história muito estranha sobre como os israelitas foram seduzidos a manterem relações ilícitas e sacrílegas com mulheres moabitas e a adorarem a divindade pagã Baal-Peor, uma sedução que, senão fosse controlada com severidade, teria arruinado toda a religião de Israel e a teria destruído como nação. Quando seguimos lendo e chegamos a Números 31:16 encontramos que esta separação se atribui totalmente à influência maléfica de Balaão. Balaão, portanto, figura na história do povo hebreu como uma pessoa perversa que arrastou o povo de Deus à imoralidade e ao pecado.

Vejamos agora o que dizem os historiadores da Igreja com relação aos nicolaítas. A maioria os identifica como seguidores de Nicolau, um prosélito de Antioquia que aparece em Atos (6:5) como um dos sete comumente chamados diáconos. A ideia é que Nicolau se perverteu e chegou a ser o dirigente de uma heresia. Irineu diz com relação aos nicolaítas que "viviam vidas de irreprimida indulgência" (Contra Hereges, 1.26.3). Hipólito diz que Nicolau era um dos sete, e que se apartou da doutrina correta, "inculcando a indiferença em matéria de alimentos e hábitos de vida" (Refutações de Heresias, 7.24). As Constituições Apostólicas descrevem a Nicolau como "desavergonhado em sua impureza". Clemente de Alexandria diz que "os nicolaítas se abandonam ao prazer como bodes... levando uma vida de indulgência irreprimida". Mas livra a Nicolau de toda culpa, dizendo que os nicolaítas corromperam o ensino daquele, para quem "a carne devia ser abusada". Com estas palavras Nicolau queria dizer que o corpo deve ser castigado; os hereges perverteram este ensino ao afirmar que a carne pode usar-se tão vergonhosamente como a pessoa imaginar (Miscelâneas, 2.20). Os nicolaítas, então, ensinavam a imoralidade e a vida leviana. Procuraremos descrever de maneira mais detalhada o ponto de vista e os ensinos destes hereges. A carta a Pérgamo diz que os nicolaítas faziam com que os crentes comessem carne que tinha sido oferecida aos ídolos e fornicassem. Nos decretos do Concílio de Jerusalém (Atos 15:28-29) estabeleceu-se que os gentios seriam admitidos na Igreja só se estivessem dispostos a aceitar duas normas de vida: Abster-se de comer carne que tivesse sido sacrificada aos ídolos e não fornicar. São estas as duas condições que os nicolaítas quebrantavam.

É muito provável que os nicolaítas oferecessem a seguinte argumentação a favor de sua doutrina herética:

- A Lei perdeu vigência, portanto já não há regras, mandamentos ou normas que devam obedecer-se. Temos o direito de agir como bem quisermos. Confundiam a liberdade cristã com a libertinagem, que tão longe está de nossa verdadeira fé. Eram aqueles a quem Paulo aconselhou a não usarem sua liberdade como ocasião para a carne (Gálatas 5:13).

- É provável que cressem na corrupção radical do corpo, afirmando que só o espírito era bom. Portanto a pessoa podia fazer o que queria com o corpo, porque este já não contava e era impossível redimi-lo. Se o corpo carecia de importância, não importava tampouco se o cristão saciava até a indigestão seus apetites.

- Provavelmente sustentavam que o cristão está a tal ponto sob a proteção da graça divina, que não tinha importância aonde fosse, o que fizesse ou com quem andasse. A graça o protegia e fizesse o que fizesse obteria sempre perdão de parte de Deus. Ressalta evidente que os nicolaítas eram tremendamente perigosos, porque pervertiam para seu próprio beneficio as verdades cristãs mais importantes. O que podemos perceber por trás da perversão da verdade que os nicolaítas pregavam? O problema era a diferença que necessariamente havia entre a sociedade pagã e a comunidade de cristãos primitivos. Os pagãos não tinham problemas em comer carne que tinha sido oferecida aos ídolos. Em geral o faziam em qualquer celebração festiva da que participassem. Poderia o cristão participar de tal festejo? Os pagãos, por outro lado, não tinham uma norma moral que exigisse que fossem castos.

As relações sexuais antes e fora do casamento eram normais para eles e não constituíam uma desonra. Deviam os cristãos ser tão diferentes? Deviam separar-se tanto das práticas e normas do mundo em que viviam? Era necessário que fossem tão diferentes? Os nicolaítas sugeriam que não havia razão alguma para que os crentes se diferenciassem dos demais em matéria de moral, visto que não havia razões de peso para que tivessem que "romper" com o mundo. William Ramsay descreve seus ensinos da seguinte maneira: "Era um intento de efetuar um compromisso razoável com a sociedade greco-romana, retendo tanto quanto possível de seus costumes no regime de vida dos cristãos." Este ensino, como era de esperar-se, afetava sobretudo os cristãos cultos e influentes, membros das classes superiores, porque estes eram os que tinham mais a perder ao se entregarem sem reservas às exigências do Evangelho. Para João os nicolaítas eram piores que os pagãos, porque agiam como inimigos que conseguiram infiltrar-se nas filas da Igreja.

Os nicolaítas queriam estar de acordo com o mundo; não estavam preparados para ser diferentes; não estavam em condições de tomar a grande decisão; queriam desfrutar do melhor de ambos os mundos. De um ponto de vista prático eram os piores hereges que houve, porque se seu ensino tivesse tido êxito, o mundo teria mudado o cristianismo e não o contrário o cristianismo mudado o mundo.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Sugerindo algo prático... (Atualizado)

A CGADB irá se reunir em sua 5ª Assembléia Geral Extraordinária, na cidade de Maceió/AL, entre 06 e 08 de junho. A pauta do evento é, com prejuízo de qualquer outro assunto:

1) Proposta de reforma do Credo Oficial das Igrejas Evangélicas Assembléia de Deus no Brasil, com a inclusão do mesmo no Estatuto Social da CGADB, com a sugestão de inclusão nos Estatutos das afiliadas, em razão da proteção constitucional prevista no artigo 5º, inciso VI, da Constituição Federal à liberdade de crença e de consciência, em razão de mudanças previstas na legislação, ora em apreciação pelos órgãos legislativos próprios;
2) Proposta de reforma do Estatuto formulado pela Comissão designada pela Mesa Diretora, que altera os artigos 8º, incisos II e IV, 15, § 6º, 37, inciso IV, 45, 84 e 86, inciso II, do Estatuto Social;
3) Proposta de reforma do Regimento Interno, com a adequação do mesmo em razão das mudanças aprovadas no Estatuto Social
Eu sou uma criança, no sentido de experiência e envergadura eclesiástica. Tem lá suas vantagens. Dizer o que as pessoas não querem ouvir, por exemplo. Tem também seus defeitos e limitações. Não saber a dimensão exata dos gestos é uma delas. Dito isto, formulo a questão: Por que reunir tantas pessoas, com o óbvio gasto de tempo e dinheiro para discutir tão pouco? Pelas informações colhidas, determinadas ameaças à liberdade religiosa, em discussão na Câmara serão vacinadas nas alterações propostas. É um gesto louvável. E só. Claro que as implicações das alterações e de suas repercussões devem ser analisadas cuidadosamente, mas dispender tantos recursos para tais propostas, quando as mesmas já deveriam estar sendo debatidas há algum tempo e agora somente aprovadas em assembleia é inquietante.

É bom lembrar que temas mais afeitos à urgência poderão ser solenemente ignorados. O que dizer, por exemplo, dos inúmeros irmãos, alijados da Ceia do Senhor pelo simples fato de não serem casados civilmente? Por que numa reunião desta magnitude não analisar a alteração do regimento para solucionar o problema? Que tal criar em cada igreja/convenção uma comissão para avaliar o testemunho de irmãos em união estável e lhes dar a prerrogativa de tornarem-se membros? Seria sábio e adequado criar as normas para ingresso em todo o Brasil, até por conta do amparo bíblico à tal reivindicação. No texto sagrado, jamais ser casado civilmente foi pré-requisito para batismo! Nem cartório existia na época da Igreja Primitiva.

Por que não inserir sanções no Regimento Interno para pastores da mesma denominação, em desavença provada? Havendo agressão física ou verbal entre convenções num mesmo Estado, quais serão as punições ensejadas nas alterações? A CGADB sairá fortalecida através de um documento consensual para aplicar tais sanções ou continuará apenas uma entidade omissa no quesito, endossando esta ou aquela posição de maneira politiqueira e conivente? Ou, em nome da dissimulação, se passará ao largo de tal questão? Uma convenção será impedida em regimento, e tal impedimento se dará de fato, de estabelecer-se em Estado alheio? Continuarão os feudos?

Que tal o Regimento endossar alguma iniciativa regulando a política na Igreja? Vinde, debrucemo-nos sobre a seguinte questão: Efetivamente, um pastor ativo pode ser, sem conflito de interesse, candidato? E, eleito, não deveria se afastar de suas funções, sob pena de influir negativamente no seu exercício eletivo? Um pastor presidente pode obrigar o voto em candidato escolhido, punindo administrativamente os discordantes? Tal pastor presidente pode conciliar a atuação eclesiástica e a militância partidária? Será estabelecido algum preceito ético para coibir a prática espalhada pelo Brasil? O que dizer, por exemplo, das opções políticas esquerdistas de alguns pastores, filiando aos partidos que endossam tal postura?

O Regimento será alterado para impedir as Assembleias de fundo de quintal? Aquelas que surgem a cada semana, usando o aposto disfarçado? O que de prático será feito e registrado neste sentido?

Lá constará alguma cláusula sobre enriquecimento ilícito? Sobre nepotismo? Apropriação indébita? O regimento, ecoando o credo, punirá, efetivamente, eventos que distorcem os sãos ensinamentos bíblicos? Convenções afeitas ao G12, à Confissão Positiva e tantos outros desvios, serão enquadradas?

E isso para citar os sub-temas diretos da convocação. Se formos nos ater à negligência quanto aos temas mais espirituais... Se for somente para os participantes fortalecerem o networking, que não se gaste tanto tempo e dinheiro. O tempo pede urgência e ação!

Atualização

Por sugestão de um dos comentários, relembramos que o estatuto de uma denominação não se sobrepõe às leis do País. Na hora em que quiserem impor algum controle sobre a Igreja, controle este aprovado pela Câmara dos Deputados, só nos restará protestar nas ruas. Como somos fracos no quesito... Nenhum tema mundano é capaz de tirar a CGADB da passividade.

sábado, 21 de abril de 2012

Esclarecendo qual o medo deles...


Como sempre faço aos sábados, procuro subsídios para a EBD de amanhã. Sou um líder meio antiquado, gosto de ir à Escola Dominical. Rsrsrs. Aliás, seria um exercício interessante procurar saber se os comentaristas virtuais vão em carne e osso à EBD...

Acesso, entre outros, o EDBWeb, excelente site que reúne comentários de várias pessoas. Leio todos, tantos os deste site quanto os demais disponíveis na rede. A maioria repete a lição ou repete uns aos outros. Se é comentário pra quê repeti-la, não é? Vá lá que se dê uma ênfase num ou noutro ponto específico. Mas... tudo bem. Aí me deparo com o comentário da irmã Sulamita Macêdo, do blog Atitude de Aprendiz.

Ela começa falando do básico:
Iniciem a aula, cumprimentando os alunos, perguntem como passaram a semana. Escutem atentamente as falas dos alunos e observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração. Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um. Após a chamada, solicitem ao secretário da classe a relação dos alunos ausentes e procurem manter contato com eles durante a semana, através de telefone ou e-mail. Compreendem a importância desse ato? Os alunos se sentirão queridos, cuidados, perceberão que vocês sentem falta deles. Dessa forma, vocês estarão estabelecendo vínculos afetivos com seus alunos.
Percebeu a diferença? Enquanto os outros se ativeram ao assunto ela foca primeiro as pessoas. Não é exatamente isto que acontece em sala de aula? O professor despeja o assunto, sem se preocupar se há entre os alunos uma esmirna qualquer, sofrendo exatamente como a igreja em apreço na lição. O comentário traz um quadro interessante de características positivas e negativas da igreja em estudo. Fácil de fazer, interage com os alunos, estimula a participação. Ela teve o cuidado de priorizar a leitura do texto em classe, não uma, mas duas vezes. Uma primeira geral, uma segunda, mais atenta aos detalhes. Por vezes, o aluno nem lê o texto da lição, e o professor não se preocupa com isto (de fato, há professores que não o fazem!) Lembrou de que o professor deve mostrar no mapa a localização da cidade, além de informações geográficas e históricas. Por fim, fez o link com a igreja perseguida hoje. Em suma, despertou a atenção do docente com novos subsídios e pistas.

Segue um link para uma dinâmica. Clico nele. É até simplória (a dinâmica), mas é acessível e sua apreensão não irá demandar esforço. Mas, tem mais. O post traz valiosas informações sobre o uso e a origem da mirra, com fotos e tudo o mais. Ou seja, em linhas gerais, há inúmeros diferenciais não encontrados nos outros comentários. De HOMENS!

Entendeu qual o medo deles?

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Diálogos reveladores - Parte 2

- Alô? É o pastor Almir Serrano?
- Sim. Quem fala?
- Oh! Meu amado pastor. Aqui é o Luiz Calado?
- Fale aí meu presidente? O que é que manda?
- Liguei para bater um papo contigo.
- Estou ouvindo...
- Olha, é que não sei se o irmão deu uma olhada no cartaz do evento... aquele que o senhor vai participar...
- Dei... minha foto ficou muito boa, se é isso que o senhor quer saber. Deram alguns retoques, remoçaram uns dez anos (risos)
- Não, amado, não é nada disso. Não sei se o irmão percebeu, mas, como direi?... tem uma irmã escalada no evento para trazer uma Palavra. Mas não se preocupe que é sobre Família e EBD. O irmão vai ficar com a maior parte dos demais temas.
- Não entendi...
- Eu leio sempre seu blog e vejo que o irmão é radicalmente contra mulheres no ministério...
- Ah! Mas essa é outra história, não tenho problemas...
- Ainda bem, meu querido. Estava preocupado...
- Ela é pastora?
- Não.
- Ah! Então, fica tranquilo... o que eu escrevi era sobre mulheres pastoras. P-a-s-t-o-r-a.
- Ela é só diaconisa.
- Não me debrucei ainda sobre este detalhe, mas acho que pode. Pastora é que não pode mesmo.
- Tem mais uma coisa. O irmão se importa se a aula dela anteceder à sua no domingo à tarde?
- Não, por que?
- É que o senhor bateu bastante na tecla de que a mulher não deve ensinar e vai estar na platéia...
- Ah! É outro contexto... Não tem problema. Por aqui eu vou aos Círculos de Oração, aonde mulheres dirigem e pregam... O problema é a consagração pastoral. Entendeu? Se complicar eu saio e só entro na minha aula.
- É por isso que nós tivemos o cuidado de colocar no cartaz palestra, ao invés de estudo, abaixo da foto dela. Ano passado fizemos outro semelhante, aí colocamos palestrante. O Julinho ainda disse: Preletora? Eu recusei imediatamente. Imagina?
- Muito bem. Boa providência...
- Ah! Amém. Agora posso dormir mais tranquilo. Gostei de ver sua postura ao separar as coisas. Fica na paz.

- Amém!


Se não entendeu nada leia os posts abaixo.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Diálogos reveladores - Parte 1

- Alô, é a irmã Luiza Ângela?
- Sim. Quem fala?
- É o reitor Aloísio Nicomedes?
- Ah! Reitor. O que o leva a este telefonema?
- Olha, é que a senhora fez uma inscrição para nosso Curso Superior de Teologia...
- Ah! É verdade...
- Bem, eu estou lhe contactando para fornecer algumas informações importantes. Ok?
- Pode falar, estou ouvindo...
- Então..., nosso curso tem nível superior. Dentro da denominação é o que melhor a senhora poderia fazer. Tem a duração de quatro anos. Não é nada, se a senhora vir o semblante dos formandos deste ano... Nossa grade curricular é bem recheada e visa proporcionar aos nossos alunos a melhor preparação possível para exercer a teologia dentro da igreja do Senhor... A maioria de nossos alunos são mulheres, de maneira que a senhora irá se sentir muito bem entre elas...
- Ah! Que ótimo, quanto ao tempo, não tem problema, não é o que é necessário?
- Para a carga horária, sim. Sabe, queremos dar peso ao nosso curso. Ele fica bem denso e se aprofunda bastante na Bíblia... bom a senhora poderá conferir pessoalmente nas aulas.
- Eu estou eufórica para que iniciem...
- Só tem um probleminha... precisamos saber qual seu intuito ao fazer o curso?
- Como assim?
- Qual a sua intenção ao fazer o curso? Ou seja, para que fins ele será usado na Igreja?
- Ah! O que eu queria mesmo era dar um reforço no culto doméstico, sabe? Lavar panos e pratos com mais qualidade, enquanto recito os clássicos. Ensinar aos meus filhos um pouco de exegese. Compartilhar textos em grego e hebraico com minhas amigas no chá da tarde. Entrando no seminário, fazendo um Curso Teológico de nível superior, tudo terá muito mais densidade, acredito...
- Ah! Muito bom. Eu pensava que a senhora havia aderido às novas tendências...
- Quais, reitor, estou por fora?
- As que reivindicam cargos como pastoras para as mulheres...
- Qual nada, reitor, eu estava até preocupada com a grade que me foi fornecida na matrícula. Havia várias cadeiras sobre administração eclesiástica, liderança, exposição bíblica. Agora que o senhor me telefonou, ufa! Foi por pouco... Tirou um peso enorme das minhas costas.
- Amém, minha santa. Não fique preocupada, aquelas aulas são para os homens. Sabe como é... Até as aulas...
- Fique na paz, reitor.


Se você não entendeu nada, leia o post abaixo

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ah! Pequei!

Como eu queria ficar fora da blogosfera? E até mesmo não ler os blogs evangélicos. Vejam só, hoje me atualizando lendo as notícias do UOL e do JC, cedi à tentação. Fiz algo impensável a dias: acessei um blog, o do meu amigo Pr. Altair Germano. Pronto, já encontrei, para ser educado, um monte de falácias, incoerências e imprecisões históricas sobre o Ministério Feminino! Essa foi, justamente, uma das razões pelas quais caí fora: a dissimulação dos posts, a conversa fiada, a legislação em causa própria. Que a carapuça não caia no lugar errado...

Venho batendo nesta tecla há séculos, ou calamos todas as mulheres ou paramos de criticar algo que está enraizado em nosso dia-a-dia com A NOSSA ANUÊNCIA. Não concordo com a maioria dos argumentos do Pr. Sóstenes Apolos para consagrá-las (fui um dos primeiros a ter acesso aos vídeos e os reenviei a alguns companheiros). Já expusemos exaustivamente o assunto aqui e não gostaria de fazê-lo novamente. Basta-nos confrontar o trabalho prático, PERMITIDO E INCENTIVADO POR NÓS HOMENS, realizado pelas mulheres no dia-a-dia das congregações assembleianas. Registre-se: elas não nos pediram nada, NÓS FOMOS lhes abrindo as oportunidades de maneira paulatina e efusiva! Que coisa absurda, depois de Inês morta dizer que não pode mais!?

Como o segredo de aborrecer é dizer tudo, o busílis é o seguinte: Jesus não ordenou pastores, evangelistas, presbíteros, diáconos, auxiliares, superintendentes, presidentes, conferencistas, dirigentes! E tudo o mais que nós, OS HOMENS, nos arrogamos como um direito exclusivo masculino! Simples assim. O único pastor dos evangelhos é ele mesmo! Todas estas funções surgiram da necessidade do dia-a-dia das igrejas, portanto, de ordem prática e cotidiana, ainda que dadas por ele como Paulo afirma. É o que vem acontecendo com o Ministério Feminino, com a anuência dos HOMENS, que PERMITEM:
1) Seu envio como missionárias (para não orar pelos doentes, como diz outro blogueiro, rsrsrs);
2) Que ensinem na EBD e nos seminários, aonde se destacam de muitos homens paroleiros;
3) Que sejam reitoras (nunca antes na história deste País!);
4) Que sejam preletoras em eventos de grande porte e que palestrem ao lado dos que as criticam;
5) Que sejam maestrinas de grandes corais, conjuntos e orquestras, nos quais ensinam e regem seus próprios maridos;
6) Que sejam colocadas como recepcionistas de igrejas e eventos eclesiásticos, mas não dizem que são diaconisas. Procuram lugar, sentam convivas, anotam dados, contem crianças irriquietas, coletam, contam e registram ofertas, o que são, então?
7) Que sejam usadas em profecias e outros dons para exortar e ensinar à Igreja;
8) Que preguem e cantem maravilhosamente;
9) Que dirijam orgãos de 100, 200, 300 componentes a depender do tamanho da congregação!

Ainda estou no aguardo do nome de presbíteros, evangelistas e pastores (só quero gente grande! rsrsrs) para dirigir um Círculo de Oração, das 08:00 às 16:00h. Toda semana, hein! Ou vão me dizer que isto não é trabalho para NÓS, OS HOMENS!?

Depois vem o nemnemnem: tem homem que gosta de ser mandado pelas mulheres... Ah! Vão se catar! VOCÊS, HOMENS, criaram o bicho, agora cuidem da criança!