quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A França é retrógrada!?


Franceses saíram às ruas contra a adoção de filhos pelos casais gays. Mas nenhum dos veículos acessados ousa dizer que os franceses são retrógrados. Não é um mimo? Aqui no Brasil se alguém não quisesse votar em determinados candidatos "progreçistas" a imprensa taxava logo. Esses franceses... Emblemático é aquele cartaz... Como é que diz mesmo? Uma mãe, um pai, nada de mentiras para as crianças? França retrógrada. O Brasil é que é moderno.

Pronto, já começou a escatologia barata!

Os EUA foram punidos, o centro financeiro foi afetado, o capital parou dois dias. Haja escatologia de terceira categoria. Estou sem tempo para desancar os apologetas de meia-tigela. Mas fica o registro aqui. E ainda dizem que eu sou crítico.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Obedecer é uma questão de opção pessoal


Participamos das festividades do DEJEADALPE em uma das congregações que auxiliamos. O tema era: Jovens que não se dobram, baseado em Daniel 3:15-18. É um texto conhecido, a história cantada em versos e prosa. Visito mentalmente a cena em que três jovens são testados e provados. A megalomaníaca ordem do rei era clara: que todos adorassem à estátua que construíra em Dura, tão logo ouvissem os instrumentos musicais. Não sabemos se os músicos se dobraram também, não é tão fácil tocar uma gaita de foles ajoelhado... O certo é que o desafio surgiu de repente para os jovens. E eles não fugiram à responsabilidade.

Instados na presença do rei, disseram: Temos duas alternativas. Sermos queimados ou livrados pelas mãos de Deus. Ambas dependem DEle, NEle confiaremos para a vida ou para a morte. Porém, em nenhuma delas nos dobraremos à tua estátua! Foram lançados amarrados os três, mas o quarto homem os livrou de uma fornalha de alta temperatura. Ficou ao seu lado até o resgate. Quando o milagre surpreendeu sátrapas, sábios, caldeus ao próprio rei e a tantos quantos analisaram as roupas e corpos intocados dos corajosos.

Maravilho-me que aqueles jovens tenham feito uma escolha baseada em princípios. Coisa cada vez mais rara no mundo em que vivemos. O primeiro ingrediente em muitas escolhas nos arraiais evangélicos hoje em dia é conveniência e egoísmo, entre jovens, velhos, pais, mães e líderes. Assim se vai a oportunidade para os milagres acontecerem. Quando princípios são negociados Deus deixa a história à mercê das limitações humanas. Ao confiarmos NEle sua mão maravilhosa faz prodígios em nosso favor. Mesmo que zombem de nós. E aí? Qual vai ser? O escárnio para ver a glória de Deus se manifestar ou o assentimento para salvar a pele?

Os jovens estavam longe do templo, do sacerdote, dos pais, dos demais amigos da sinagoga, não obstante permaneceram firmes em seu coração. Eles estavam perto do Senhor, aonde a obediência toma um lugar eterno. Mesmo que a morte espreite certa, a alma estará atada no molho dos que vivem para Deus. Obedecer é, pois, uma questão de escolha pessoal. As circunstâncias são secundárias. Não há gesto desta natureza que passe despercebido do Criador.

Volto ao presente. E se fosse hoje? Se Nabucodonozor fosse hoje um prefeito, governador ou presidente? Quem sabe muitos líderes evangélicos condescendessem por um momento com sua mitomania, em troca de alguma benesse. Não é assim que as coisas funcionam? Às vezes, não se dobram os joelhos, mas a deslumbrada face diante das ofertas sobejas de facilidades, dos salamaleques, do jeitinho, da bajulação gratuita, denuncia o casuísmo. São deuses em Dura, a dureza do nosso coração, erigidos para denunciar nossas fraquezas, parte de ferro, parte de barro. Porém, Nabucodonozor não pode ver milagre entre nós. Não há teste, não há provas, somente assentem as mentes grávidas de vantagens materiais. Não há o que Deus socorrer, senão a fé abalada dos crentes verdadeiros.

Os que vencerem, andaram de branco com Cristo...Apocalipse 3:4. Os demais serão lançados na fornalha de fogo que arde milhões de vezes mais que a de Nabucodonozor. Até mesmo os que disseram: Em teu nome, Senhor, eu operei milagres... Não sobrará estátua sobre estátua.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Convite Especial

Convidamos nossos dez leitores a participar, na próxima quarta, 19:00h, na Igreja em Desterro I, Rua Princesa Isabel, 380 - Abreu e Lima/PE, do fechamento de uma série de doutrinas sobre o livre exame das Escrituras. Como sabem, até a Reforma Protestante, ocorrida a partir da publicação das 95 teses de Lutero em 31/10/1517, as pessoas não podiam portar uma Bíblia ou estudá-la em grupos ou sozinhas, a menos que fossem clérigos.

Em 1229, o Concilio de Toulouse, convocado no sul da França, proibiu que alguém possuísse e lesse a Bíblia, especialmente aquela em língua vulgar, com exceção dos Salmos e dos passos contidos nos breviários autorizados!

Nós já estamos envolvidos neste trabalho desde o início do mês, nas comemorações dos 495 anos da Reforma. É que o trabalho aqui é um pouco avesso à propaganda. O assunto do fechamento é Texto, Contexto e Pretexto. Uma breve apresentação multimídia será disponibilizada na quinta.

Aguardo vocês!

domingo, 28 de outubro de 2012

Faltam três dias!!!

Meus dez leitores, quando lerem este post restarão apenas três dias úteis nos quais a Terceira ou Quarta Via poderá lançar sua candidatura à presidência da CGADB. Não sei se isso acontecerá, não estou a par das últimas notícias no assunto. Há, portanto, dois cenários possíveis. Primeiro, haverá, apenas, duas candidaturas: Pr. José Wellington, atual presidente, e Pr. Samuel Câmara, presidente de uma das convenções do Pará. Qualquer um dos dois possui chances de ganhar, mas a vantagem, por óbvio, está com o presidente atual. Segundo, aparece um terceiro ou quarto concorrente e a disputa ficará mais... interessante!

Qualquer ministro poderia se candidatar. Contraditoriamente, não há impedimento algum a que um evangelista o faça. Fiquem tranquilos, não tenho tempo, nem envergadura para algo do tipo. Mas digo que é contraditório porque o evangelista é visto como um aprendiz, mesmo quando mais experiente que um pastor. Aqui, no blog, quando querem me atingir relembram isto. Não dou a mínima, faz parte da minha mentalidade. Ou por outra, na indecisão sobre a capacidade um obreiro Brasil afora se costuma consagrar primeiro a esta função. Voltemos... Lendo o capítulo V, do estatuto da CGADB, percebemos que há um claro desencorajamento das candidaturas solo. Em que pese a intenção dos seus formuladores, uma candidatura provável como a do Pr. Geremias do Couto, por exemplo, (Atenção! Não sei se ele será candidato!) já sairia em ampla desvantagem.

O Pr. José Wellington é presidente de um campo com quantos ministros? Dois, três, cinco mil. O Pr. Samuel Câmara, lá no Pará, tem quantos ministros em sua Convenção, mil, mil e quinhentos? Uma candidatura solo só teria a si mesmo. Outra marca importante, e nisto se assemelham a práxis assembleiana e a política partidária brasileira, é que os apoios são, em sua maioria, adesistas e personalistas. Quase ninguém está pensando na denominação, mas em quem personifica um determinado projeto. Às vezes, projeto nenhum. É que não fazer nada, não interferir, também angaria simpatia. Os feudos se viram nos Estados e fica tudo como está. Até mesmo uniões regionais se beneficiam da leniência. Quando que uma CGADB iria cobrar da UMADENE um plano de evangelismo nos rincões do Nordeste?

Resta uma outra barreira: não há provisão financeira para a campanha. Ela deverá ser bancada exclusivamente pelo candidato. Enquanto, por exemplo, o Pr. José Wellington pode continuar a viajar livremente pelo Brasil inteiro, pregando em EBOs e eventos de médio e grande porte, a convite ou com as despesas pagas pela CGADB, a título de representação institucional, uma candidatura alternativa nada poderia fazer. Logo, concluímos que o forte do processo não é a igualdade.

O ideal é que o presidente candidato se licenciasse, por exemplo, seis meses antes da eleição, para evitar favorecimento de qualquer ordem. Se ele tivesse de ser convidado neste período, os demais concorrentes deveriam ser encaixados na mesma grade da programação do evento, com a mesma projeção.

No caso do Pr. Samuel Câmara além do próprio rebanho ele conta com a ajuda do irmão Jônatas Câmara, presidente da Assembléia de Deus no Amazonas. Para todos os efeitos práticos são duas convenções na largada. Enquanto isso, o estatuto não estipula como um candidato solo, por exemplo, faria para se tornar conhecido dos milhares de obreiros assembleianos. Tomando por base o site da CGADB, por que não divulgar, com igualdade de espaço as propostas e biografias dos demais postulantes?

É desnecessário dizer que eu apoio a Terceira Via, aliás, a quarta, a quinta, a sexta, quanto mais candidatura, melhor. Creio que a AD é maior que qualquer pessoa. Que há homens capazes e tementes a Deus, que poderiam dar um novo rumo à nossa denominação, tirando-a da letargia em que se encontra. Sempre, claro, buscando a vontade de Deus. Não aquela vontade baseada em pressupostos, tipo vou me jogar na frente de um caminhão agora na BR, se for da vontade de Deus eu morro... É assim que funciona a cabeça de muita gente, confundindo permissão com vontade divina.

Ainda teremos que evoluir muito neste quesito. Grande parte deste comportamento decorre da estrutura montada em terras tupiniquins. Enquanto na América Latina, as igrejas assembleianas oriundas das missões americanas elegem seus pastores, muitas vezes com mandatos pré-determinados, no Brasil ainda reina a presidência vitalícia, quando não hereditária.

Vamos ver quem serão os candidatos após 31/10/2012, que é o prazo limite. Gostaria que houvesse ao menos quatro!

sábado, 20 de outubro de 2012

O futuro do papel...

Leio no UOL:
A Newsweek, segunda revista semanal de informação mais importante dos Estados Unidos, vai deixar de ser impressa. O último exemplar será o de 31 de dezembro. Depois disso, a revista, que completa 80 anos em 2013, vai circular apenas na forma digital. A notícia foi dada nesta manhã no site da revista, num texto assinado pela editora chefe Tina Brown e pelo CEO Baba Shetty.
O que isso tem a ver conosco? Muita coisa, sob muitos aspectos. Primeiro, se estreita a margem do livro impresso, das revistas e dos periódicos, também. Eles vão sobreviver algum tempo, mas o cheirinho do livro está com os dias contados. Editoras como a CPAD já estão se mexendo, ainda que timidamente, para digitalizar seu conteúdo. As lições bíblicas foram ofertadas em formato digital, porém, temos que instalar um software. Algo contraproducente em termos de tecnologia digital hoje. No máximo, se instala um plugin como o Flash, e o conteúdo é todo visualizado nele dentro do navegador. Acho difícil o formato vingar, apesar da boa qualidade do material. Noto, porém, a timidez da iniciativa. O ideal era que o Mensageiro da Paz e tantos outros periódicos já tivessem sua versão digital há muito tempo. Além do mais os dispositivos portáteis entraram com tudo no mercado.

Segundo, com a massificação digital, observada pela proprietária da Newsweek, é preciso apressar os passos. Ao mesmo tempo que se lançam livros, em formato convencional, as grandes editoras lançam e-books. Mais fáceis de ler, mais adaptáveis aos gadgets móveis. Só não deslancharam pra valer por que as tecnologias anti-pirataria ainda engatinham e seu custo unitário é alto. É uma questão de tempo. Com a produção e venda massificada os custos baixarão. A pá de cal veio com a isenção de impostos, tal qual o livro físico, para os e-books. As livrarias vão sentir o baque, seguindo um processo semelhante às locadoras. As que puderem diversificar o mix...

Terceiro, a margem dos e-books é melhor e sua produção mais rápida que o livro comum. O usuário pode ler trechos e, se gostar, compra. Melhor faz o download. Nada de calhamaços de papel, estantes grandes, coisas do gênero. A diagramação é mais simples, o conteúdo mais diversificado. Até hoje não se inventou um livro de papel que exibisse um vídeo, por exemplo. A Enciclopédia Britânica já entendeu o recado. Após 244 anos, em março, passou a ser uma enciclopédia on-line. A médio prazo não há escapatória.

Quarto, os autores não estão mais presos às regras do mercado. Em tese, ao menos, as editoras priorizam os textos mais palatáveis e populares. Chamativos, mesmo. Aí se forma um time no qual ninguém entra, até conhecer o diretor de redação, o responsável geral, ou ter uma edição de teste que bombou numa editora pequena. Isso é bom porque a margem de lucro aumenta, mas deixa de lado as pessoas que não são da confraria. Participamos de um livro crítico sobre a história evangélica, lançado pela Vida Nova (imagem acima ao lado direito). Tentei fazer uma tarde autógrafos numa livraria evangélica em que tinha um amigo gerente e ouvi: Rapaz, infelizmente, este tipo de texto não é muito palatável... Com o e-book os textos são lançados e quem se interessar compra, sem passar pelo crivo das grandes editoras, atentas somente ao lucro. Já existem inúmeras iniciativas de publicação nesta linha de raciocínio.

Quinto, os blogs e redes sociais se antecipam à informação. Foi isso que tínhamos em mente quando sugerimos ao Pr. Roberto José a criação do portal da COMADALPE. Por sua anuência criamos e estamos implementando o projeto. É, para todos efeitos, um periódico diário noticiando eventos, atualizando informações, interagindo com os leitores, e o custo é infinitamente menor que um jornal ou revista, nenhuma mídia se compara. O público alvo, imensurável. E ainda nem lambemos o miolo do projeto! A blogosfera está aí, falta somente depurar a qualidade. O JN é de noite e agora já tem informação nova rodando o mundo! Até os telejornais terão de se adaptar. Não é à toa que se diz que o Fantástico investiu R$ 6 milhões pra ter o Ronaldo em um dos seus quadros. Estava perdendo audiência porque a maioria das matérias já havia passado.

Assim como falamos aqui sobre a extinção das rádios como as conhecíamos em prol das rádios virtuais, registramos mais esta tendência entre outras. Os programas televisivos evangélicos tendem a desaparecer, seu custo não compensa. Já informei aqui que nenhum programa evangélico dá o retorno do investimento. A maioria é mantida com a pólvora alheia. Dar tiro assim... Eu sei que há casos como a Central Gospel cujas vendas alardeadas aumentam a cada dia. Mas o portfólio da editora se concentra no chamariz ministerial de seu proprietário. Quando falecer (e desejo vida longa a ele), a curva cai. Não há dúvidas disso. Aliás, boa parte das vendas da CPAD consiste no seu vínculo com a denominação. Mas aí é reserva de mercado e não competência. Ainda que eu reconheça que a CPAD tem se profissionalizado, com investimentos de grande porte na infraestrutura e a qualidade de suas lições, por exemplo, é excelente. Basta visitar uma livraria para constatar as mudanças, tentando se desvincular para não morrer na praia. Dia desses encontrei até livro de Cabala na filial Recife (pra ninguém dizer que é mentira tirei uma foto do livro na prateleira)!

Um modelo bastante aplicado Brasil afora é empurrar livros, revistas e jornais para os obreiros nas igrejas ou nas ruas, como fazem as Testemunhas de Jeová. Sob pressão as vendas aumentam, mas o material é cada vez menos lido. As pessoas preferem ler num computador! Seja ele um notebook, netbook, desktop ou tablet. As metas podem até ser alcançadas, já ler...

O futuro está dado. Não se trata de capricho, querer, ter algo pra chamar de seu, temos que olhar para onde o vento está soprando. E ajustar as velas.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Vou deixar a igreja porque não aguento esse povo...

Você deixou a sua igreja porque nela só tinha gente com defeitos? Conte-me mais como é viver em um emprego com pessoas perfeitas? Ou em uma família sem falhas? Ou em uma vizinhança maravilhosa? Ou em uma escola que possui somente alunos excelentes. Sim, me conte sobre sua vida simplesmente irretocável. 

É evidente que estou sendo irônico, mas fico impressionado com aqueles que alegam deixar a igreja por causa de seus membros imperfeitos. A minha impressão é que essas pessoas já alcançaram a iluminação. Será que não há uma nítida vaidade naquele que não vê outra coisa senão defeitos alheios? Ora, as falhas são fatos, mas os nossos próprios atos condizem com essa exigência absoluta? E por que não exigimos o mesmo grau de perfeição de outras comunidades que participamos (empresa, escola, família etc.)?

Aliás, quem romantizou a igreja para você? Certamente que não foi a Bíblia. Nas Sagradas Escrituras há os relatos de diversos seres defeituosos. Seres demasiadamente humanos. O apóstolo Pedro era impulsivo e agia com falsidade. O grande Paulo era um verdadeiro intolerante. E a igreja em Atos dos Apóstolos? Havia preconceitos contra as viúvas gregas. E aquele casal mentiroso? E a briga entre os gentios e os judaizantes?

Bom, você realmente acha que existiu perfeição no passado? É bom reler as Escrituras. 

É estranho essa ideia de perfeição quando sabemos da nossa própria condição. Como eu posso exigir algo que eu não sou? 

É claro que não devemos nos conformar com os erros, pois a nossa meta é lutar pela santidade da Igreja. Mas que essa ação não nos torne cegos para a nossa própria condição. Além disso, deixar a igreja pela imperfeição é como deixar um hospital por causa dos doentes. 

Eu posso e devo deixar uma igreja apóstata. Eu posso e devo deixar uma igreja legalista que sufoca o Evangelho com a “salvação” do esforço humano. Eu posso e devo deixar uma igreja que ensina o caminho para a perdição. Eu posso e devo deixar uma igreja que abraça um conjunto de heresias como verdades. Mas é um erro deixar a igreja porque não achei perfeição em seus membros. É um erro quando não nos olhamos no espelho.

Por Gutierres Fernandes Siqueira

Comento: Eu já vi esse filme muitas vezes. Havia uma mulher que sempre via as roupas estendidas no varal da vizinha amareladas. Depois descobriu que o problema estava nos vidros das janela, de sua própria casa.

Questão crítica!


Final de Avenida Brasil? Sinceramente... A alienação se instalou no cotidiano brasileiro. Até Dilma queria usar a repercussão para exibir num telão na Bahia, e depois fazer o comício. Que país é esse?

Não deixamos por menos, o que vai ter de crente faltando aos cultos hoje!? As santas ceias serão santas ausências... Vai Carminha!

Uso e abuso do nome Assembléia de Deus...

Leio no Notícias Cristãs:
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por intermédio da Promotoria de Investigação Penal de Petrópolis, ofereceu denúncia em face de Luciano Felix da Silva, pastor da Igreja Assembleia de Deus a Caminho do Céu, localizada no Município de Areal, na Região Serrana, pelo crime de estupro de adolescente. A Promotoria requereu a conversão da prisão de Luciano, detido desde segunda-feira (15), de temporária para preventiva. Segundo texto da denúncia, subscrita pela Promotora de Justiça Maria de Lourdes Féo Polonio, a adolescente conta que o Pastor a abordou e disse que ela tinha um câncer que fora "revelado a ele por Deus". A cura, de acordo com Luciano, seria manter relações sexuais com ele. 
Este é um caso típico de uso do nome Assembléia de Deus para emprestar o peso histórico da denominação a igrejas de fundo de quintal. Até quando esta prática ocorrerá impune? Neste momento de candidaturas à presidente da CGADB ninguém ouve falar de gestões neste sentido, muito menos sabemos de qualquer iniciativa da atual administração para coibir o abuso. A marca é patenteada, existe o corpo jurídico da Convenção Geral, mas ninguém faz nada.

Enquanto isso...

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Acre fervendo por causa da política na Igreja!

Me enviam o link abaixo de uma reportagem sobre perseguição política a candidatos não oficiais no Acre. Em suma, o presidente de lá queria que elegessem o filho, mas outros se lançaram candidato e ele perdeu a eleição. Pastores estariam sendo retirados de áreas e igrejas. Nada de novo para os leitores do blog. Mas quando eu digo... Eu, inclusive, gostaria de dizer que o Acre está fervendo pelo poder de Deus, mas a realidade é outra.

Um grupo de pastores da igreja Assembleia de Deus estaria sendo condenado ao “purgatório acusado de “trair Jesus Cristo”. Os líderes religiosos estariam sendo apontados como responsáveis pelo fracasso dos evangélicos na disputa eleitoral em Rio Branco.
A derrota do candidato Marcos Lima (PSDC), filho do pastor Luiz Gonzaga, líder maior da Assembleia de Deus na capital, seria o principal motivo da demissão sumária de pastores de área, que teriam negado apoio ao nome apresentado pelo líder maior da igreja. 
Acusados de traição durante uma reunião, após a divulgação do resultado da votação, os pastores foram “convidados” a colocarem seus cargos à disposição de Luiz Gonzaga, estremecendo as bases da igreja que possui mais de 15 mil fiéis cadastrados.



Reportagem completa aqui

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A síndrome do Já que!


Já que...

...hoje não é culto de festa...
...não há nenhum cantor convidado...
...é aniversário de algum orgão...
...não é aniversário de algum orgão...
...é culto de oração...
...não é culto de oração...
...é culto de doutrina...
...não é culto de doutrina...
...o solista hoje não sou eu...
...não estou escalado...
...não sou eloquente...
...estou rouco...
...não tenho uma boa voz...
...não sei tocar um instrumento...
...marcaram a pelada para a mesma hora...
...é a final de um campeonato...
...é o final da novela das oito...
...o Fantástico está com uma reportagem diferente...
...é o dia do meu aniversário...
...é o dia do aniversário do meu filho...
...sábado foi o dia do meu aniversário...
...semana passada foi o aniversário da minha filha...
...é o dia do aniversário da minha mãe...
...é o dia do aniversário do meu cachorro...
...morreu o meu gato...
...está calor...
...está frio...
...comprei um panetone e quero experimentar...
...marquei a Ceia de Natal para esta noite...
...minha Bíblia está mal conservada...
...trabalhei a semana toda, folguei sábado e hoje é domingo...
...foi feriadão desde sexta...
...meus amigos viajaram, menos eu...
...vou viajar na terça...
...perdi a eleição...
...ganhei a eleição...
...não deu tempo do penteado ficar pronto...
...arrumei um namorado...
...não arrumei um namorado...
...noivei sábado...
...casei há um mês, ainda estou em lua de mel...
...estou no Facebook...
...estou lendo um bom livro...
...estou assistindo um bom filme...
...estou sem dinheiro para a oferta...
...não fiz uma roupa nova...
...não tenho um sapato novo...
...não tenho com quem ir, apesar de morar perto...

...não posso ir à Igreja hoje!

É a síndrome do Já que, cujos sintomas são os mais diferentes possíveis. O diagnóstico é um só: apatia, indiferença, muitas vezes pecado. Uma geração abençoada agora não quer mais cultuar. Domingo à noite? Pizzaria, jantar beneficente, papo com os amigos, comemorações. Pela manhã? Pelada, sono até as 11:00h, passeio ciclístico. Que Deus nos proteja com seu sangue, para que pequenos motivos não nos impeçam de ir ao culto. Alegremo-nos ao ir à casa do Senhor, como disse Davi. É o pouco que nos restou.

domingo, 14 de outubro de 2012

É bíblica a postura manda quem pode...?

Prezados dez leitores, aproveito um gancho de uma conversa que tive para perguntá-los: É bíblica a postura do manda quem pode, obedece quem tem juízo? Explico melhor com exemplos. Um obreiro faz o seu trabalho nos conformes, evangeliza, visita, prega, ora, faz o trabalho de um pastor de ovelhas. Mas é ameaçado quando não atende às determinações da liderança superior. Determinações estas esdrúxulas e desprovidas de senso, como, por exemplo, apresentar e instigar a membresia a votar num candidato apoiado pela denominação. Como o candidato não foi eleito, o obreiro foi acusado de desobediência e está prestes a ser removido de sua igreja.

Esta postura da liderança superior é bíblica? Certamente, não! É um eco do que muitos entendem como obediência. Obedecer não é estar cego aos desmandos e desvarios. Obedecer do ponto de vista ministerial é buscar promover o planejamento estratégico da alta administração, como honestidade, sabedoria, criatividade e persistência. Outrora, o rebanho seguia bovinamente as ordens do líder. Em tempos de informação profusa já não é mais possível fazer isto. Bom para os que conquistam o respeito pelo convencimento. Ruim para os que tentam impor suas ordens. Mas a questão do post é que muitos líderes tentam fazer isso ao arrepio da Bíblia. O próprio Paulo ordenou a submissão às autoridades, mas Pedro ressalvou: antes importa obedecer a Deus do que aos homens!

Pior: há quem imponha suas diretrizes cassando o direito de defesa e apelando para artifícios como a retirada de ajudas de custo e salários. É bíblico? Se nas empresas sérias tal comportamento tem sido reprovado, imagina na igreja. Deus nos julgue!

Importante: desconheço qualquer obreiro de minha convenção, COMADALPE, que esteja sofrendo esse tipo de assédio moral!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Atrapalhando ou deixando vir ao Senhor as criancinhas?

Os acostumados a julgar pelo que escrevo dizem que sou amargo. Não sei, acho que estão enganados. Quem faz críticas, geralmente é julgado assim. Querer mudar o mundo choca interesses. Mas, fiquem tranquilos, não vou me suicidar tão cedo. Vamos a mais um texto crítico, mas reflexivo. A proposta do blog, desde o longínquo 2006, é essa. Se logrei algum êxito não sei. Vamos lá? Ou meus dez leitores ficaram preocupados? Hoje é sobre crianças...

Uma marca indelével de nosso tempo são as propostas e projetos contraditórios. Ao mesmo tempo em que promovemos um Congresso Infantil (e os há em profusão pelo Brasil, aliás, se faz congressos pra tudo agora...), há igrejas que não possuem um departamento infantil na estrutura do prédio!? Por isso a pergunta do post: Estamos atrapalhando ou deixando vir ao Senhor as criancinhas? Vamos por partes.

Precisa-se de uma dirigente de Círculo de Oração Infantil ou qualquer outro título equivalente? Bota aquela irmãzinha que aceitou o desafio, mas não está qualificada para o cargo! Ora, crianças são o futuro, mas que futuro há, senão pela graça de Deus, quando deixamos um departamento infantil nas mãos de alguém sem o traquejo para o cargo. Claro, claro, quem capacita é Deus, mas eu costumo dizer que há uma boa margem de segurança nas mãos dos homens. Não é contraditório dizer que o que o homem pode fazer, Deus não fará, se não estamos fazendo nossa parte!? Na Igreja se diz que amamos tudo, mas pouco de prático revelamos desse amor. É um pouco como aquele homem que bate na mulher e depois chora, dizendo que a ama!

Mas há coisa pior. O que dizer da mãe que reclama da dirigente, mas não move uma palha para ajudar seu filho a vir à Igreja? Se Joanazinha não quer ir à igreja porque vai passar a Era do Gelo na Globo, a mãe dá de ombros. É a chamada Teoria da Parede em ação. Ela consiste do seguinte: pergunte à um grupo de irmãos de qual cor deveria ser uma parede da igreja. Todos teriam alguma sugestão: verde, vermelho, lilás, azul, até, pasmem, preta! Definida a cor, pelo voto da maioria, prepare balde, pincel/rolo e tinta. Ninguém se habilita para pintar! Evidente que há pessoas que no exercício de um cargo assim não aceitam ajuda. Mas a oração é, no limite, o que se pode fazer com a menor interferência possível. Captou? Olha aí uma coisa que estamos deixando nas mãos indevidas. Em breve, até a oração Deus terá que fazer por nós!

Por falar em oração, minha mãe estava orando por seus quatro filhos vinte e cinco anos atrás. Por uma questão de timbre, todos lá em casa falam alto. Quando termina aquele período de oração, uma mãe de vários filhos foi falar. Nas suas palavras ela disse: Olha, irmãos, hoje eu aprendi uma coisa importante com a irmã Ester. Nunca tinha orado com tanta intensidade pelos meus filhos!

Na minha parca visão, parece que os pais querem tudo para seus filhos hoje em dia. Sucesso profissional e financeiro, casamento com boa herança, etc e tal, mas não estão preocupados em levar seus filhos ao Céu. Ou seja, não estão preocupados se vão chegar lá. Há, na área que trabalho, um batalhão de filhos fora da Igreja. A maioria esmagadora por culpa dos pais. Um caso emblemático aconteceu quando obriguei os pais dos adolescentes faltosos a falar comigo antes de se reintegrarem a um grupo. Eles estavam ausentes sem motivo aparente, decidi chamar os pais à responsabilidade. Uma mãe de dois filhos esperou minha chegada e despejou: Meus filhos vão se desviar por sua culpa, o senhor os suspendeu só porque faltaram quatro semanas (assim, quatro semanas...)!? Respondi que não era bem assim, a intenção era incutir a responsabilidade, etc. Ela retrucou: A pessoa vem numa agonia tremenda, meu marido não quer deixar eu vir à igreja, etc... Dois dias depois encontrei um dos filhos e perguntei: Por que seu pai não deixa vocês virem à Igreja? Ele disse: Meu pai nunca proibiu isso. Era mentira da mulher para justificar sua omissão!

Se Deus lhe desse duas, e somente duas, opções: Você quer seu filho com fama e sucesso profissional ou quer vê-lo no Céu? O que você responderia, sem pestanejar? É interessante como alguns irmãos, saudosistas de araque muitas vezes, lamentam: Oh! Como Jesus operava nas Ceias, como ouvíamos cânticos espirituais, como Jesus curava, batizava. Como as irmãs usavam menos maquiagem, eram menos vaidosas. Mas há poucos que dizem: Como os filhos acompanhavam os pais!?

Na EBD, na Doutrina, nos demais cultos chave a rotina se repete. Por puro diletantismo, os pais que não gostam dos tais, se omitem de enviar os filhos. Na melhor das hipóteses eles vêm e depois desfilam um rosário de defeitos. Quem não lembra dos pais que castigavam seus filhos fazendo-os ler a Bíblia? Ou cantando hinos da Harpa? Era algo ruim a se fazer por algum malfazejo? O que dizer dos pais que falam cobras e lagartos dos líderes eclesiásticos, como quem fala de Hebe ou Ana Maria Braga?

Mas há a culpa da Igreja, sim, não podemos fugir disto. Estrutura ausente para departamentos infantis, salas com precariedade de investimento. O professor, por vezes, não tem um lápis de cor, um quadro. O que dizer dos cultos que só agradam aos adultos? Na música é só o lêlêlê de Aline, que agora virou princesa do reino de Deus ou então de Valadão. Aliás, estas senhoras que querem ser crianças quando cantam, só infantilizam um negócio sério. Eu me lembro de um grande músico que deixou tudo aqui em Pernambuco, para ir a outro Estado a convite de uma Igreja para cuidar, exclusivamente das crianças do ministério da música. Salário, casa, comida e roupa lavada só para isso? Só? Não! A igreja estava cuidando do futuro! Eu assumo a parte que me cabe, no que tange a não me esforçar o bastante no quesito.

Para não me estender muito, algumas perguntas básicas. Quanto sua igreja seria capaz de investir num curso preparatório para sua professora de EBD ou para sua dirigente? Quanto foi investido este ano (estamos em outubro) em recursos audiovisuais para o departamento infantil, se é que ele existe em sua congregação? O departamento que existe é amplo, acolhedor e confortável? Os envolvidos sabem utilizar os recursos audiovisuais à disposição? Há um maestro efetivo para ensinar os rudimentos musicais às crianças ou apenas uma irmã jeitosa que cuida deste aspecto? Há um acompanhamento do aprendizado infantil na EBD?

Se em boa parte deste texto você sentiu o chão sumir abaixo dos pés, provavelmente, você está apenas atrapalhando as crianças de vir ao Senhor.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Baixando a bola...

Conheço ou conheci, pessoalmente, quatro prefeitos evangélicos, mais de uma dezena de vereadores, dois deputados estaduais, dois federais. Posso perguntar com certo conhecimento de causa: O que faz deles políticos melhores por serem evangélicos? Pouca coisa os diferencia dos demais. Aquela clivagem tão disseminada nas igrejas não surtiu efeito. Pior, além de apáticos às verdadeiras necessidades coletivas (um ou outro procura fazer uma média com o chapéu alheio, jogando para a plateia evangélica...), há inúmeras denúncias de desvios de toda ordem. O voto evangélico não mudou nada, ao menos até agora. Se for o caso de ser diferente daqui pra frente, eu dou a mão à palmatória.

Estas clivagens, aliás, são condenáveis sob quaisquer circunstâncias. Por falar em conhecer, conheço ricos humildes, pobres orgulhosos. Homens burros, loiras inteligentes. Morenos idiotas, negros inteligentes. Evangélicos bobões, espíritas sábios. O resto é só mistificação. Essa história de reparações está embrutecendo o País.

Então..., baixem a bola!

domingo, 7 de outubro de 2012

Pussy Riot, Yoko Ono, Lady Gaga...


Yoko Ono anunciou nesta sexta-feira (5) os nomes dos ganhadores de seu prêmio pela paz Lennon Ono, que será concedido na terça-feira, em Reikjavik. Dois dos vencedores, Lady Gaga e Pussy Riot, mereceram um comentário para a honraria. "Lady Gaga não é apenas uma artista, também é uma ativista que usa sua arte para melhorar a comunicação no mundo" e "A Pussy Riot está de pé de maneira firme em sua crença na liberdade de expressão. Quero trabalhar para sua imediata libertação", disse Yoko. Agucei os olhos, Pussy Riot? Aonde li sobre essa prisão?

Ah! Lembrei! Foi na reportagem sobre a prisão das moças que fizeram um show vândalo numa Igreja Ortodoxa. Algo como entrar na Igreja da Sé e desancar o presidente da República num show-protesto. Foram presas por incitação ao ódio e e vandalismo, e pelas leis russas (goste-se delas ou não) condenadas a dois anos de prisão. Tem até reportagens dizendo que foi Putin quem as condenou!?

O prêmio é pela paz. Mas que paz? A paz obliterada dos óculos redondos de Yoko? Que liberdade de expressão é essa que você escolhe os alvos mais indefesos para atacar? Queria ver a Pussy Riot (me recuso a traduzir o nome) bancar um show numa mesquita, corajosas que são!? Se Putin é deplorável, por que não fazer o show em frente ao Kremlin? Escolheram uma igreja e depois de presas posam de vítimas... e ainda há quem as premie por este tipo de coragem?

Essa paz de Yoko Ono é bem parecida com algumas que vejo por aí... eco dos tempos politicamente corretos. Ao menos para o lado de quem é influente na mídia.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O que os políticos evangélicos deveriam estar fazendo...

Alguns anônimos e outros nem tanto ficaram revoltados quando cobrei ações diretas de nossos políticos, pois teriam sido eleitos para defender a Igreja. É o que eles dizem quando vão pedir nossos votos... Via de regra, ferem o princípio da isonomia (manda um irmãozinho qualquer no exercício do seu livre direito democrático de se candidatar pedir um espaço...), enganam, engodam, jogam para a platéia, nepotizam os gabinetes e não fazem nada! Dias atrás fiz algo que os políticos evangélicos deveriam ter feito. Mas vamos a um pouco de história. Dia 04/09, uma entidade católica, de nome Fórum Permanente Pró Vida Pernambuco, lançou uma campanha no jornal Folha de Pernambuco. Nela rechaçava a propaganda oficial que inclui o Recife no roteiro friendly, ou seja, como destino gay. A imagem está abaixo:


Foi um escarcéu. Nas redes sociais, na mídia. Os militantes da causa gay movimentaram as engrenagens. É do jogo. O que me chamou a atenção é que Maria do Rosário, Secretária de Direitos Humanos, com status de ministra de Estado, lançou uma nota de repúdio. Lá pelo quarto item, ela pontuou:
4 – Em relatório sobre violências homofóbicas no Brasil, divulgado recentemente por esta SDH/PR, constatamos que o Brasil apresentou 278 homicídios de LGBT no ano de 2011. Um número extremamente preocupante. Neste contexto, o estado de Pernambuco figura em sexto lugar entre os estados brasileiros com maior número de homicídios de caráter homofóbico;
Me abespinhei. Aonde ela arrumou o número? Tantos gays mortos e eu não sabia!? Algo está errado. Protocolei um pedido de informação, no dia 07/09/2012, junto ao Sistema Eletrônico de Informações, baseado na nova Lei de Informação ao Cidadão. Meu texto finalizava assim:
Gostaria de saber sobre quais documentos a SEDH se baseou para fazer a afirmativa? Nas conclusões dos inquéritos da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco? Há uma lista de vítimas? Como ter acesso à mesma?
Hoje recebo a resposta (grifo meu):
A Coordenação Geral de Promoção dos Direitos LGBT da SNPDDH/SDH informa que o Relatório sobre Violência Homofóbica (http://portal.sdh.gov.br/clientes/sedh/sedh/brasilsem/relatorio-sobre-violencia-homofobica-no-brasil-o-ano-de-2011) responde a todas as questões levantadas. Além disso, informa que não há lista de vítimas.
Isso! Não há lista de vítimas! MAS, como pode eles soltarem o número ao vento? Uma ministra de Estado faz uma afirmação por escrito que não pode ser confirmada!? Eu sugiro inverossímil!? Agora os políticos tão preocupados com o PL 122/2006, com as perseguições nos fóruns gays, etc e tal, deveriam fazer o quê? Digam vocês meus dez leitores.

Tem mais. Leiam o link apresentado. Baixem o denso relatório. Em várias páginas e conclusões seus produtores se surpreendem com a falta de informação!? A partir da página 50 vem o que embasou o número: as informações coletadas pelas associações gays e, em parte, obtidas via Internet. Já noticiamos aqui como descaradamente determinadas páginas mentem sobre isso (vide arquivo). As pessoas que confeccionaram o relatório chegam a pontuar no ano de 2011 o seguinte:

Ao se investigar a distribuição de notícias relacionadas a violências
homofóbicas, de acordo com o gráfico 5.1, percebe-se um pico de notícias em
fevereiro, especialmente no carnaval (com 22,8% do total de notícias). Outubro
vem em segundo lugar, com 9,6% , o que pode se relacionar com o processo de
conferências de políticas públicas e direitos humanos de LGBT nos âmbitos
municipais e estaduais.

Como? Em outubro se agride mais gays em virtude da realização de tais conferências? E ainda registram que o estudo foi produzido por especialistas!? Como a mídia come essa conversa?

Na página 60 do relatório, há um gráfico, reproduzido abaixo:


Somando aqueles 22,7% dos amigos + 16,8% dos companheiros + 12,6% dos clientes + 5% dos amantes eventuais e + 2,5 dos namorados, temos a incrível soma de 59,6%. Ou seja, a maioria esmagadora dos atentados ocorre no grupo ao qual o gay pertence, desfazendo totalmente o mito homofóbico.

Mas nossos políticos estão ocupados... Depois do dia 07, quem sabe...