sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Subsídio para a 8ª Lição - 23/11/2014 - Os impérios mundiais e o reino do Messias

Prezados, gostaria de propor algumas atividades para a lição do próximo domingo.

Comecemos pelos mapas. Acredite estudantes de teologia e teólogos formados são, muitas vezes, analfabetos em geografia bíblica. Com um mapa na mão muitos falhariam em identificar onde ocorreu a história bíblica.

Inicie pelo Mapa Mundi, mostre onde está o Brasil e, a seguir, onde fica Israel. Enfatize a partir de onde se deu a origem da história humana.

Mostre a importância da Mesopotâmia, dos rios mencionados em Gênesis 2:14... Enriqueça falando dos primeiros impérios como os hititas e egípcios.


Fale do Império Assírio...


Mostre a área de influência dos impérios seguintes, na ordem: Babilônia, Grécia, Pérsia...


E, por fim, o Império Romano...


Clicando aqui você acessa um breve resumo histórico da duração dos seis grandes impérios mundiais e sua relação com o livro de Daniel.

Que tal enriquecer com esta imagem?


E não esqueça do link entre a estátua e a visão dos animais.



Note que em termos de alcance territorial o Império Persa e Grego se assemelham, com o detalhe de que Alexandre, o Grande, rei grego conseguiu em muito menos tempo alcançar até mesmo a Índia.

Enriqueça sua aula, só não tente bancar o esperto. É preciso dominar o assunto para que a aula tenha sucesso. Pegue mapas emprestados se não os tiver ou partilhe a lição a partir de seu notebook ou datashow. Não deixe a aula soçobrar por falta de conteúdo, nem deixe de prender a atenção do seu aluno.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Subsídio para a 7ª lição - 16/11/2014 - Integridade em tempos de crise


De todas as provas que Daniel enfrentou em Babilônia com seus amigos, uma das mais duras foi sobreviver à atmosfera infestada de corrupção do palácio. Ali se respirava conspiração, tramoia, desvio, ódio, bajulação, jogos de poder e toda sorte de coisas reprováveis. A Bíblia é econômica no assunto, mas podemos imaginar que na metrópole maior do seu tempo a cidade era um antro fedorento.

Curiosamente, é um caso citado entre tantos na Bíblia de políticos que honraram a Deus. Especialmente quando alguém quer defender uma candidatura evangélica. A própria CPAD seguiu o raciocínio do homem incorruptível. Infelizmente, até agora todos têm falhado. Ora na corrupção ativa, ora na passiva. Quantos políticos evangélicos não estão sendo processados por crimes eleitorais? Quando menos se encontra falhas, elas estão na esperteza em ludibriar os membros incautos com promessas mentirosas ou na imposição de nomes para eleições seculares.

Hoje, pastores sucumbem diante da política secular, fazendo salamaleques para representantes de todos os naipes. Não só isso, fazendo acordos que em nada diferem dos grandes escândalos. Vendem a igreja, a alma e a dignidade por um prato de lentilhas. Interessante que nenhum desses acordos seria confessável diante da grande membresia. Se de partida é assim, desconfiemos dos seus propósitos.

Mas pior que isto é a própria política eclesiástica ter infectado a Igreja e sua liderança. Escaramuças e jogadas dignas das grandes séries da TV mancham escolhas, trabalhos e projetos. Sugiro a leitura de Irmãos, nós não somos profissionais, do grande John Piper, que trata justamente da maneira como a política profissional invadiu nossas hostes. Mensagens soft para não desagradar a determinados públicos. Preguiça com o estudo da Palavra. Prioridade para os acordos eclesiásticos. Olho grande nos dízimos e ofertas. Ostentação e riqueza. Enfatuamento com as coisas de Deus.

Conheço diversas pessoas cansadas do jogo. Preferem viver na obscuridade e fora dos holofotes para não correrem o risco. Pode estar aí o segredo da longevidade pessoal e espiritual de Daniel, aliada ao caráter deste grande homem de Deus.

Já diz o adágio popular: Honestidade é fazer a coisa certa, mesmo quando não tem ninguém olhando.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O “PEIXE-LAGARTO”, AS INTERPRETAÇÕES TENDENCIOSAS E A “PROVA INCONTESTÁVEL” DA EVOLUÇÃO

O “PEIXE-LAGARTO”, AS INTERPRETAÇÕES TENDENCIOSAS E A “PROVA INCONTESTÁVEL” DA EVOLUÇÃO
Por Ricardo B. Marques

O artigo apresenta a descoberta, na China, de um ictiossauro cujas características anatômicas seriam “prova incontestável” de que os répteis aquáticos teriam antepassados terrestres, o que “comprovaria” a Teoria da Evolução (TE). Vide o artigo em http://jconline.ne10.uol.com.br/…/peixe-lagarto-foi-da-terr…
Contudo, observe-se um hábito que tipifica a maioria dos evolucionistas, revelado na frase da reportagem: “Essas nadadeiras, aliadas a punhos flexíveis, PROVAVELMENTE [grifo meu] permitiam que eles se movimentassem em terra firme, rastejando de uma maneira semelhante à das focas”. Mais adiante, os autores da descoberta mencionam: “Agora temos essa prova INCONTESTÁVEL”. Penso que “provavelmente” e “incontestável” não combinam. Alguém discorda?
É curioso o fato de que quando evolucionistas revelam seus achados, começam falando em "talvez", "possivelmente", "provavelmente", "acredita-se"... Ou seja, não há nada certo sobre aquilo, apenas especulação, um modo de interpretar o achado, a conclusão é só uma proposição, no campo das possibilidades, nada mais. Porém, em seguida, distorcem a abordagem e sorrateiramente apresentam a conclusão como “incontestável”, inquestionável, fato consumado, fazendo o público crer que aconteceu exatamente como eles interpretam e propõem – é isso que ocorre com essa reportagem.
A história da TE encontra-se repleta disso: acham um fóssil e aplicam sobre ele uma INTERPRETAÇÃO que sirva para fortalecer a teoria que defendem a priori, e apresentam a interpretação tendenciosa como "evidência" ou mesmo "prova" de sua teoria. Os poucos mais honestos e precisos que ousam considerar a chance de haver outras interpretações possíveis são imediatamente censurados – mas existem.
Poderíamos citar inúmeros casos na história da TE semelhantes ao dessa notícia do "ictiossauro anfíbio", mas vamos nos ater a um exemplo clássico: o dos celacantos. O celacanto é um peixe outrora conhecido somente em sua forma fóssil, considerado extinto desde o Cretáceo Superior (entre 99 e 65 milhões de anos atrás). Ou seja, teria desaparecido mais ou menos junto com os dinossauros e muitas outras espécies.
Os celacantos tinham barbatanas peitorais e pélvicas cujas bases eram pedúnculos musculados bastante semelhantes aos membros dos vertebrados terrestres e que se aparentavam mover-se da mesma maneira. Que descoberta! Um peixe com nadadeiras semelhantes a patas, o que indica que aquele peixe se locomovia de modo semelhante aos vertebrados terrestres!
Pronto, bastou isso para os evolucionistas apresentarem aquele magnífico animal como um “fóssil de transição” entre os peixes e o novo grupo de vertebrados conhecidos como tetrápodes terrestres, ao qual pertencem todos os anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Ou seja, os celacantos teriam dado origem a alguns dos primeiros anfíbios, e destes teriam surgido todos os demais vertebrados terrestres.
Isso foi mantido como “verdade” nos livros, aulas e palestras de evolucionistas em todo o mundo, por muitos anos. Até que, em 1938, pescaram celacantos no litoral da África do Sul. Depois disso, foram encontrados vários celacantos vivos (o primeiro em 1998). E agora?
Primeiro problema: os “fósseis-vivos” são um desafio complicadíssimo à confiabilidade da datação da coluna geológica. Até então os celacantos eram usados como “fósseis-indicadores” (muitos outros fósseis ainda são usados assim), isto é, por se “saber” que eram de determinado período geológico, sempre que um fóssil de celacanto era encontrado numa camada de rocha, aquela rocha era automaticamente data como sendo daquele período. No entanto, agora se sabe que os celacantos existem até hoje, de modo que a datação de rochas feita com base em fósseis de celacanto não é mais confiável (contudo, nenhum livro, nenhuma disciplina de geologia ou de paleontologia nas universidades, e nenhum evolucionista jamais revisou tais datações – elas continuam como estavam antes). Pergunta-se: quantas datações mais da coluna geológica estariam seriamente equivocadas, por serem feitas com base em fósseis e sem que se tenha certeza de que aqueles fósseis realmente teriam a idade que se supunha?
Segundo problema: os celacantos vivos – hoje criados até em aquários – não se locomovem como imaginavam os evolucionistas. Suas nadadeiras, anatomicamente semelhantes a membros de vertebrados que se arrastam, não eram nem são usadas para esse fim. Tratava-se apenas de uma coincidência anatômica, nada mais. Não havia absolutamente nenhuma relação evolutiva entre os celacantos e os tetrápodes terrestres. Anteriormente considerados de maneira tão afirmativa como “formas transitórias” entre peixes e vertebrados terrestres – uma “prova” da evolução – , os celacantos eram simplesmente peixes, cujas nadadeiras semelhantes a “patas” eram apenas nadadeiras e usadas somente para nadar. E assim permanecem até os dias de hoje.
Portanto, um cientista cientificamente honesto e coerente não temerá dizer que a descoberta do “ictiossauro anfíbio” nada representa em termos de “evidência” de evolução. A TE continua uma teoria em crise, conforme dito pelo famoso bioquímico britânico-australiano Michael Denton, PhD, em seu livro “Evolução: uma teoria em crise”. Detalhe: Denton é evolucionista, e mesmo assim admite que a TE está em sérias dificuldades de se sustentar diante das reais descobertas científicas nas últimas décadas.
Uma de minhas palestras sobre a polêmica "Criação X Evolução tem por título: "Evolução - a interpretação que virou dogma". Não resta dúvida de que a teoria evolutiva (TE) é criativa. Genial até. Darwin e seus sucessores merecem reconhecimento por terem desenvolvido um modelo interpretativo tão original e criativo daquilo que se observa na natureza. Contudo, digo que essa inteligente, instigante e elegante teoria é apenas isso: um modelo interpretativo. Nada mais. Assim como são modelos interpretativos o Criacionismo Científico (CC) e o Design Inteligente (TDI). A questão é que os criacionistas científicos e os adeptos da TDI admitem que suas teorias são interpretações, mas os evolucionistas não admitem isso. Evolucionistas – salvo notáveis exceções – insistem em que a TE é um fato, uma verdade comprovada, a única, suficiente e definitiva resposta da ciência para a diversidade da vida. Só que não é.
Praticamente todos os pressupostos da TE são falseáveis e não se sustentam quando submetidos a um verdadeiro e honesto escrutínio científico. E ainda bem que não sou eu quem diz isso, mas cientistas de renome e altamente respeitados – alguns deles evolucionistas, vale salientar. E eu, que fui evolucionista radical (mais ou menos na linha de Richard Dawkins) por tantos anos, não sabia de nada disso, pois, como a maioria dos meus colegas, fui mantido convenientemente "afastado" da percepção de que a inteligente TE seria, em realidade, uma genial falácia.
A única razão de a TE sustentar-se tão fortemente e por tanto tempo no meio acadêmico como suposta expressão única da verdade, em sua defesa da macroevolução (porque a microevolução é, sim, um fato), é porque seus principais defensores assumiram uma condição de "poder" dogmático e déspota. Eles adotaram a TE como uma ideologia, senão quase como uma fé, uma religião, e não como ciência propriamente dita; ao mesmo tempo, adotaram toda uma terminologia científica para validar sua ideologia como verdade absoluta. A relação entre evolucionistas e a TE assemelha-se muito àquilo que vemos acontecer entre certos tipos de pessoas religiosas acusadas de “fundamentalistas” e a cartilha de dogmas que seguem sem questionar. Instalaram-se na cúpula do poder acadêmico e formaram um "establishment", uma espécie de "clero" distante e intocável, instalando seu paradigma e adotando táticas extremamente dogmáticas de controle ideológico, beirando uma nova Inquisição, a exemplo de:
- censuras (divergentes da TE são impedidos de ensinar, de palestrar, de publicar, de ter acesso a verbas, etc.);
- ameaças e medo (divergentes da TE são ameaçados de demissão, de cortes de verbas, de terem seus nomes atirados na sarjeta, são ridicularizados em público, atacados pessoalmente, etc.);
- controle da informação e propaganda desonesta (a ideologia evolucionista controla o mercado editorial, a mídia, os periódicos científicos, etc.), e assim por diante.
Com essas estratégias, que encontram paralelo em táticas da Inquisição Católica e de regimes déspotas como nazismo, fascismo, stalinismo e maoísmo, por exemplo, a turma da TE reduz ao mínimo a manifestação das divergências.
Para se ter uma ideia, em se falando de Brasil, alguns cientistas de renome – dentre eles PhDs respeitados em seus campos (inclusive grandes especialistas em áreas como proteômica, genética, biologia molecular, etc.), que integravam o comitê científico do I Congresso Brasileiro do Design Inteligente, tiveram que retirar seus nomes do comitê por terem sido gravemente ameaçados por colegas intolerantes, cujas ações envergonham a ciência, a ética e até os direitos humanos. Mas ainda bem que foram poucos os que foram obrigados a ceder para, compreensivelmente, preservar seus empregos, suas pesquisas e sua liberdade.
É assim que muitos evolucionistas agem. Não todos, felizmente; há muitos que conseguem separar as coisas e terem uma postura verdadeiramente ética, democrática e científica, admitindo que a TE é um modelo interpretativo dos fatos observados e que pode – e deve – conviver com abertura para ouvir e considerar outros modelos, independente de enxergarem nestes algum viés “religioso”, como alguns preconceituosos insistem em fazer.
Que o respeito mútuo, a educação, a ética e o diálogo aberto, científico e respeitoso encontrem seu espaço nesse contexto específico das hipóteses e teorias a respeito das nossas origens. Esse é meu anseio, essa é uma de minhas missões.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A missão precisa de mais do que entusiasmo, diz Chris Wright

O teólogo irlandês Christopher Wright é considerado por muitos como o “sucessor” de John Stott. De fato, ele foi seu “braço direito” e atualmente é quem lidera a “Langham Partnership”, organização fundada por Stott. Chris, como é conhecido, esteve no Brasil em outubro e foi o preletor principal do 7º Congresso Brasileiro de Missões, em Águas de Lindoia (SP). Ele aproveitou para lançar o livro “A Missão de Deus: desvendando a grande narrativa da Bíblia” (Edições Vida Nova). Wright também é autor de O Deus Que Eu Não Entendo (Editora Ultimato) e Povo, Terra e Deus(ABU Editora), entre outros.
O estudioso, que é um dos responsáveis pelo mais recente documento do Movimento Lausanne (O Compromisso da Cidade do Cabo) caminhada bem tanto na Teologia quanto na Missiologia. Leia a seguir a entrevista que fizemos, por e-mail, com ele.
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Ultimatoonline – Como você gostaria de ser apresentado aos cristãos brasileiros?
Chris Wright - Simplesmente como companheiro e irmão na fé. Antes da Segunda Guerra Mundial, meus pais foram missionários no Brasil por vinte anos na região amazônica. Por isso, ouço falar do Brasil há muitos anos. Eu coleciono selos e tenho alguns selos maravilhosos do Brasil!
Ultimatoonline Você foi um dos líderes da redação de “O Compromisso da Cidade do Cabo” (CCC) em Lausanne 3 (2010). O documento é mais completo que o Pacto de Lausanne? O CCC teve o impacto que se esperava?
Chris Wright - O Compromisso da Cidade do Cabo é bem mais extenso do que o Pacto de Lausanne, porém mantém o mesmo objetivo: articular as convicções bíblicas e cristãs fundamentais que sustentam nossa missão cristã no mundo. A Parte 1 une mentes (“o que cremos”), corações (“nossos compromissos”) e mãos (“nossa resposta prática”), na linguagem de um compromisso de amor. A Parte 2 surgiu durante o próprio Congresso e relaciona trinta questões sob um vigoroso “Chamado à Ação”. O CCC oferece um “roteiro” para o Movimento Lausanne para as próximas décadas. Ele foi traduzido para mais de 25 idiomas. Além disso, há redes temáticas que estão se engajando efetivamente em discussões sobre a maioria das questões relacionadas na Parte 2.
Ultimatoonline – O Primeiro Congresso de Lausanne ficou marcado como um espaço magnífico para a compreensão mais integral da missão da Igreja. No entanto, 40 anos se passaram e ainda hoje se discute em vários ramos da igreja a natureza da missão. Como você definiria a missão da Igreja?
Chris Wright - A igreja é chamada por Deus para participar no que Deus está fazendo no mundo em cumprimento da redenção realizada por Cristo na cruz e ressurreição – em favor dos indivíduos, da sociedade e da criação. Somos enviados ao mundo para tornar Cristo conhecido e amar e servir no nome de Cristo. Procurei expor isso mais detalhadamente nos meus livros “A Missão de Deus” e “A Missão do Povo de Deus”.
Ultimatoonline – Muito se fala sobre a “igreja perseguida”. Em Lausanne 3, esta questão também ficou bem evidente, principalmente, nos testemunhos. Recentemente, surgiu o chamado Estado Islâmico atacando minorias religiosas no Oriente Médio. O mundo está mais intolerante contra as religiões e, particularmente, contra o Cristianismo?
Chris Wright - Sim. Isso é hoje reconhecido por comentaristas seculares, não somente cristãos.
Ultimatoonline – Como você está envolvido com o Movimento Lausanne, deve experimentar então a necessidade de dialogar com diversas denominações cristãs, e talvez com não-cristãs. Há um caminho sábio para desenvolver este diálogo, sem perder a identidade cristã?
Chris Wright - John Stott acreditava na importância do diálogo. É possível conversar com qualquer pessoa, com respeito, mas ao mesmo tempo manter suas convicções.
Ultimatoonline – Se fosse possível fazer um retrato da igreja cristã global hoje, seria uma fotografia bonita?
Chris Wright - Depende de onde você olha e quem está olhando. Há muitos cristãos maravilhosos na igreja de Deus – muitos dos quais são completamente desconhecidos da igreja como um todo, mas são conhecidos de Deus. Também há diversas igrejas, líderes etc, muito impressionantes e famosos, os quais se comportam de maneira não tão atraente. Em última instância, é Deus quem decide o que é belo aos seus olhos, e assim também farão os que se parecem mais com Cristo. Jesus mesmo disse que, infelizmente, muitos fariam todo tipo de coisas espetaculares em seu nome, porém, no último dia, não pertenceriam a ele. Nós olhamos o exterior, mas Deus olha o coração.
Ultimatoonline – O Brasil é um país muito grande e com uma igreja evangélica em crescimento numérico, mas multifacetada. Em sua opinião, que desafios globais a igreja brasileira ainda não enfrenta?
Chris Wright - Penso que é difícil, vindo de fora, eu responder isso. Eu ouço que a igreja evangélica brasileira envia muitos missionários para outras partes do mundo, mas, lamentavelmente, muitos não são devidamente mantidos ou preparados; por isso voltam desiludidos. Se este é o caso, é lamentável. Toda missão transcultural requer muito mais do que mero entusiasmo. As pessoas precisam ser muito bem ensinadas, preparadas, e precisam saber como entender outras culturas com humildade e autocrítica.
Ultimatoonline – Você está envolvido diretamente com Teologia e Missiologia. Há grandes tensões entre teólogos e missiólogos? Se sim, quais?
Chris Wright - Não vejo que há sérias “tensões”, mas falta profunda integração e interação. Muita teologia é feita de modo puramente acadêmico, de acordo com as categorias clássicas que surgiram na Europa medieval; desse modo, a “missão” é acrescentada como aspecto adicional – quando o é de fato. Precisamos reconhecer que a teologia, e a educação teológica, são intrinsecamente missionais uma vez que servem à igreja, e a igreja existe no mundo em função da missão de Deus. Mas, de igual forma, aqueles que se envolvem na missão não devem desprezar a teologia. Há muito “zelo missionário sem conhecimento” – ação sem reflexão. Precisamos de uma teologia missional e uma missão orientada teologicamente.
Ultimatoonline – Como você avalia o papel dos jovens no movimento missionário global?
Chris Wright - Eles são tão importantes na missão quanto na igreja como um todo.
Ultimatoonline – Sem rogar papel de profetismo, mas considerando a realidade atual dos cristãos e do mundo, como você acha que a igreja de Cristo caminhará nos próximos 10 anos?
Chris Wright - Certamente a perseguição aumentará. A influência da igreja ocidental diminuirá. Cristãos evangélicos precisarão se tornar mais plenamente bíblicos. A China e a Índia serão países com enorme população cristã, competindo com a África e a América Latina.
Ultimatoonline – Você foi um amigo próximo de John Stott e ainda hoje lidera alguns dos ministérios iniciados por ele. Você poderia descrever um pouco o seu amigo Stott? Em que aspectos você sente falta dele?
Chris Wright - Ele foi como Moisés – um dos grandes líderes do povo de Deus, contudo uma das pessoas mais humildes da Terra. Sua humildade era genuína. Ele foi a pessoa mais semelhante a Cristo que já conheci. Ele também tinha um fascinante senso de humor. Ele vivia de modo muito simples e rejeitava toda tentação de riqueza e “glamour”. Eu sinto falta de sua calma sabedoria e capacidade de tornar todas as coisas muito claras e simples. Ele era generoso e tinha incrível capacidade de fazer amigos. Como Jesus, ele amava crianças e se lembrava de seus nomes.
Ultimatoonline – Você é “apresentado” como sucessor de John Stott. Você concorda com este título?
Chris Wright - Não exatamente. Eu assumi a liderança da “Langham Partnership”, fundada por ele. Por isso, sou o sucessor dele neste ministério. Mas, em muitos sentidos, ele não precisava de um único sucessor. Ele tem milhares de sucessores em todo o mundo – pessoas a quem ajudou, aconselhou, guiou e inspirou.
Ultimatoonline – Quais os planos do ministério Langham para manter vivo o legado de John Stott no mundo?
Chris Wright - Langham Partnership tem o objetivo de ajudar igrejas de países em desenvolvimento a crescer em profundidade – não só em números – por meio do ministério de pastores e líderes que creem, ensinam e praticam a Palavra de Deus. Queremos fortalecer o ministério da Palavra de Deus, estabelecendo movimentos para treinamento bíblico de pregadores e professores (atualmente está presente em sessenta países), oferecendo e ajudando desenvolver literatura evangélica para pastores, estudantes de teologia e bibliotecas, e patrocinando aqueles que desejam fazer doutorado em teologia para depois lecionar em seminários, nutrindo assim a próxima geração de pastores.
Tradução: Billy Lane.

Fonte: Ultimato

Subsídio para a 6ª lição - 09/11/2014 - A queda de Babilônia


Menê, menê, teqêl uparsin

O estudante médio da EBD não consegue conceber a representatividade da cidade de Babilônia, especialmente no equilíbrio de forças da Mesopotâmia e Oriente Médio. Sugiro aos professores se desdobrarem para ajudar neste quesito. Babilônia assumiu a liderança do Oriente Médio ao esmagar o poderio assírio.

Rapidamente impuseram seu domínio, conquistando as terras para além do Crescente Fértil. Jerusalém foi invadida em três ocasiões, o livro de Daniel relata a primeira delas em 606 a.C. Os utensílios do templo foram levados para a terra de Sinar.

Babilônia era uma joia da arquitetura, mas sofria de uma fragilidade. A cidade era atravessada por canais. 

Foi justamente explorando esta brecha que Dario entrou na cidade, desviando o curso de um deles. Pouco tempo antes desta façanha, Belsazar havia brindado seus nobres utilizando como recipientes os vasos sagrados de Jerusalém. Ocasião em que dedos sobrenaturais escreveram sua sentença numa parede.

A explicação mais comum para a frase é menê - contou, numerou, tequêl, pesou, ufarsin, e dividiu. O U desta última palavra é a conjunção em hebraico.