Entre as missões ingratas deste blog há uma que não olvidamos: relembrar. Há posts históricos aqui. Falam de problemas eclesiásticos e mundanos. O blog é sobre quase tudo... Se lidos e colocados em prática, modéstia à parte, muitos problemas seriam evitados. Não sou dono da verdade, mas trabalho com a lógica roda da história. Um dos assuntos tratados nestes erros históricos é a teimosia em implantar dentro das igrejas apoios políticos, os mais pragmáticos possíveis.
Não sou avesso à política, pelo contrário. Entendo que faz parte do jogo democrático a existência de partidos, a militância, as eleições, o voto. Porém, quando há um pendor institucional, por vezes obscuro, em torno de nomes e projetos de caciques políticos aí não dá. Sem esquecer que tal postura fere frontalmente nossas leis. O apoio deslavado a um candidato em detrimento de outro, sob o suposto manto da orientação espiritual é crime! Uma coisa é o pastor ter uma afinidade, outra é impor a opção, muitas vezes sob ameaças aos subordinados.
Outra ideia rechaçada aqui algumas vezes é aquela que almeja tornar o Brasil um país evangélico, pois que governado por um filho de Deus. Como se assim todos os problemas estivessem resolvidos. Está aí a Inglaterra, cuja democracia tem até religião de Estado, a ensinar que tal proposta não atende aos pressupostos. A Grã-Bretanha não é mais, nem menos abençoada por ser anglicana, muito menos evangélica. De resto, outras tentativas já foram feitas ao redor do mundo, sempre com fracassos retumbantes. No Brasil, Estados já foram governados por evangélicos com tristes exemplos de falcatruas, desvios e transgressões da Lei.
Fiz a digressão para avisar aos nobres leitores eleitores, a tantos meses da próxima eleição, que não devemos nos enganar. Os petistas põem em marcha as diversas agressões aos evangélicos. Aborto, apoio às drogas, homossexualismo estatizado e um desdém velado. Mas, quais as alternativas? A Rede de Marina, já no nascedouro com seus problemas éticos? Ou o PSOL, mais radical que o PT? Sobraria o PSB e o PSDB. Só sobraria.... O PSDB implantou a primeira versão do PNDH. Seu cardeal mais vistoso, FHC, é radicalmente a favor da liberação da maconha.
Quanto ao PSB, quem não lembra que o presidente do partido, Eduardo Campos, em 2006, por conta da ameaça de extinção dos partidos nanicos, e a consequente filiação ao PSB afirmou (grifos meus):
“Não podemos crescer de qualquer jeito”, disse Eduardo Campos a outros dirigentes do PSB, em reunião na última quinta-feira. “Gente que quer entrar no partido apenas para fazer parte da base do governo não nos interessa. Daqui a pouco estamos filiando pastores de igreja evangélica.”Aqui em Pernambuco temos pastores filiados ao PSB e que deram muitos votos ao partido. A questão não é essa. Podemos pensar que o PSB fez a pax com a pauta evangélica, mas não fez. A prova disso, e esta foi a afirmação que motivou o post, foi a declaração esta semana de outro cardeal do partido, Cid Gomes, governador cearense, falando sobre a candidatura à presidência:
“Nosso campo é progressista, e eu me preocupo que uma candidatura nossa possa cumprir o papel apenas de servir ao reacionarismo e ao conservadorismo do Brasil”Leia-se por conservadorismo as diversas demandas caras a nós. Reacionário aqui é quem não apoia o aborto, o homossexualismo como política de Estado, as descriminalização das drogas e tudo aquilo que parece moderninho, mas só mina a estrutura da sociedade: a família.
Não digam que não avisei...
Um comentário:
O que vejo é que a mídia soube bem tirar proveito ao anunciar as manifestações populares e sem partido, ocorridas recentemente.
O povo foi as ruas e elas estavam repletas de mães e pais com seus bebes,de crianças, de rapazes,moças,mulheres,homens, velhinhos e velinhas e quase todos seguravam faixas e banners com dizeres de "basta" "pelo fim" "queremos mais" "contra a Pec tal" e assim por diante manifestavam suas frustrações.
são Paulo mostrou ser a força motriz nestes protestos e a mídia tratou de contagiar os rincões do Brasil.
De lá pra cá pouco ou quase nada mudou. Corruptos da ala na política partidária continuam sendo beneficiados, albergados pelas leis e suas brechas.
Não quero aqui tratar a fundo de toda as mazelas que antes das manifestações já assolavam o povão e que continuam, mas, deixo claro a minha percepção de que algumas cestas básicas ou meros trocadinhos perpetrarão toda essa safadeza, corrupção e toda sorte de desgraças que solapam o eleitor, o povo, a nação Brasileira.
Minha visão não é niilista no sentido de não creditar confiabilidade na política partidária. Mas...o fim está próximo.
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