Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia (Tiago 5:7)
A Bíblia é muito rica em metáforas. A figura de linguagem é a expressão mais acabada da sabedoria oriental. Qualquer elemento da natureza, em sua maravilhosa economia, era suficiente para abordar a vida de uma maneira peculiar. A sociedade agropastoril, predominante em Israel, mesmo nos tempos de Jesus e a dependência da água como elemento essencial numa das regiões mais secas do planeta, tornavam as histórias sobre frutos, plantações e colheitas impactante para o ouvinte.
O assunto em pauta é item escasso em nossos dias: paciência. Plantadores há muitos, mas daqueles que esperam o tempo apropriado da colheita há poucos. Não raro o desespero toma conta do coração e se abandona uma horta minguada, ao invés de adubá-la e aguá-la, esperando dias melhores. Adoniram Judson pregou na Birmânia por seis anos até conseguir sua primeira conversão. E tantos outros missionários tiveram a mesma dificuldade. Não devemos desanimar diante dos desafios ao trabalho que fazemos na Obra do Senhor.
A chuva temporã caía durante o outono no tempo de semear a terra garantindo assim, a colheita do inverno. Sem essa chuva a semente não germinava, daí sua necessidade para fazer brotar a semente. A serôdia caia durante as primeiras semanas da primavera antes da colheita, ela era necessária para fazer com que a plantação amadurecesse para a colheita. No ciclo das chuvas a fé cresce ou diminui. Um dia acordamos tocando no trono de Deus, noutro não sabemos mais se Ele está ao nosso lado.
Sei o quanto isso é difícil de viver na prática. Falar é fácil. Mas se nossos passos fizessem brotar jardins tenderíamos a desprezar o Deus das flores. A dificuldade vem para nos comprovar que tudo depende DEle. Se Ele está à frente de nossos empreendimentos, tudo vai dar certo para a glória de seu Nome.
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