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segunda-feira, 31 de março de 2014
Uma discussão saudável
No encerramento do trimestre em nossa EBD surgiu um questionamento interessante. O assunto era sobre o legado de um homem de Deus, Moisés. Versava um dos oradores sobre como pastores já falecidos e outros vivos eram referenciais para nossa geração e como pouco a pouco estavam desaparecendo. Citou nominalmente o Pr. Isaac Martins Rodrigues, da Convenção Abreu e Lima, o Pr. José Leôncio, da Convenção Recife e vários outros. É um eco de posts e pensamentos de muitos saudosistas nas redes sociais. Algumas pessoas gostam de publicar fotos deste ou daquele pastor e dizer: Este era um homem de Deus. Outros ainda: Aquele é que era um homem de Deus. Tenho desconfiança da tendência, até porque conheço os procedimentos de alguns daqueles que enaltecem o legado de tais homens.
Ao final, eu propus a seguinte reflexão: E nós o que estamos legando? Tais homens foram baluartes, desbravadores, visionários. Mas seus sucessores tem feito muito mais cada um a seu modo. E o convite da Palavra de Deus é que, para a glória de Deus, possamos cada um de nós fazer cada vez mais!
Em João 14:12 Jesus afirmou: Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. Ou seja, o meu ministério terreno em carne findou. De nada adianta vocês olharem para minha trajetória e relembrar o que fiz, se não estiverem dispostos a fazer muito mais, afinal as necessidades persistem no mundo e não acabarão tão cedo. Paulo sentia-se motivado por esta sensação. Devia como disse a gregos e judeus.
Não desejo tanto ser lembrado pelo que eu fiz, apenas. Quero que as pessoas com as quais convivo e lidero sintam-se desafiadas a fazer muito mais para a glória do Senhor Jesus. Sim, é possível fazer cada vez mais quando olhamos para as necessidades e oramos para que sejamos o instrumento usado para saná-las. A alternativa é a covardia. E há muitos covardes publicando frases bonitas de homens do passado, sem empurrarem nenhuma pedra no presente.
Também não quero menosprezar os obreiros citados. O que quero enfatizar é que tiveram uma oportunidade e a aproveitaram dentro de suas limitações e possibilidades. O Pr. Leôncio ou o Pr. Isaac, por exemplo, não tinham à disposição esta maravilhosa ferramenta que é a web para levar os ensinamentos a quem deveria ouvi-los. Nós temos. Não tinham e-mail, nem Facebook. Nós temos. Com as ferramentas que temos, aproveitemos a oportunidade que Deus nos dá. Não devemos ficar meditando apenas no que fizeram ou exaltando suas qualidades, temos um plano divino em curso que depende de nossa ação e atitude. Se o próprio Jesus desafiou seus discípulos a suplantá-lo, que diremos dos demais?
Hoje, o que de prático você fez para aproveitar a oportunidade que Deus te deu? Ah! Mas eu não sou pastor. É outro engano crasso. O trabalho mais vultuoso da Igreja é feito por incríveis anônimos que só a eternidade vai revelar. Cada um faz um pouquinho, sem esperar reconhecimento humano, e Deus se encarrega de registrar, para relatar naquele dia em que estaremos em frente ao seu trono. Sigamos em frente. É preciso sonhar e colocar o pé na estrada.
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Um comentário:
Amado Daladier, a Paz do Senhor.
Seu texto é por demais pertinente. Levei para o meu modesto espaço virtual.
Um forte abraço.
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