sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O triste cenário assembleiano

Este post talvez seja o último deste ano. Meu tempo anda escasso. Se não está a fim de ler algo longo, desista. Antes vamos a algumas premissas. Eu não sou pessimista. Quem me conhece sabe que sou um otimista de carteirinha. Ver Deus em tudo que existe e acontece jamais me deixaria neste estado de espírito. Também tenho poucas aspirações eclesiásticas, a fama nunca me perseguiu. Não sei cantar, tenho uma voz de taquara rachada. Minha garganta não aguenta tonitruar como os ditos grandes pregadores assembleianos. Minha memória me trai nos versículos mais banais. Paulo ainda era um aborto, eu sou um projeto de filho... Porém, minha mente é arguta. Minha crítica propositiva, por mais que alguns de vocês, dez leitores, não entendam.

Saindo da modéstia, alguns ingredientes me levam a traçar estas linhas. Os posts do blog, a história assembleiana contada pelo Mário Sérgio, a teologia pentecostal do Gutierres, as teses do Gedeon Alencar, as conversas pessoais com alguns líderes brasileiros, alguns dos últimos escândalos, as últimas notícias sobre a AGO, pasmem!, até o perfume com cheiro de Cristo da Sônia Hernandes. É um caldo grosso e entornado.

Toda igreja tende à institucionalização. É um caminho sem retorno. Uns são bem sucedidos, outros não. A seleção natural das instituições não perdoa as barbeiragens. Esta é a razão porque há tão poucas centenárias. Não é porque a história é curta. Estamos por aqui há milênios. A Reforma foi ontem e já tem 495 anos. Via de regra, as igrejas começam de maneira humilde. Poucos irmãos, um grande sonho, muito propósito, recursos escassos. Até que muitas atas, estatutos e decisões depois se sobrepõem e enevoam o panorama. Não foi diferente conosco. À medida que tangenciamos o primeiro centenário afloraram todas as mazelas. Falando sobre o PT, certa vez, Caio Fábio disse que o partido passou 20 anos discutindo ética em assembleias. Quando saiu às ruas e alcançou o poder, se prostituiu. Algo semelhante aconteceu com a AD brasileira. Enquanto crescíamos não conseguimos depurar nossos problemas.

De expulsos de um porão da Igreja Batista, em Belém do Pará, assombramos os estudiosos em todo o mundo. Se a AD fosse um Estado, e o País fosse uma religião, seríamos o segundo maior do Brasil. A pujança, o fervor missionário, suplantou a igreja mãe sueca. Conta-nos o Gedeon que Gunnar Vingren, o magrinho, era pouco afeito à convenções e coisas afins. Preferia o trabalho duro diário. Em 1930 veio o golpe. Talvez não seja o termo mais adequado, mas a tomada de controle pelos líderes nordestinos tinha ares de guerra surda, tramada e travada em braile. Tateando cada ponto os pioneiros sentiram o cheiro de queimado. E recuaram. Cantam as loas de um acordo tácito, mas não foi bem assim. Como os historiadores independentes já demonstraram muito bem, não havia alternativas. O resto, ou parte dele, está nos livros das histórias assembleianas. Há vários, inclusive, cada Convenção tem um para chamar de seu, omitindo ou evidenciando o que lhe interessa. A Geral tem vários e a cada dia se lança algo novo no assunto. Alguém lembrou de um detalhe? Lança um livro!

Nesta hora de análise sobra orgulho e vergonha. Orgulho do patrimônio espiritual que foi construído à custa de suor e lágrimas de homens e mulheres Brasil afora. Hoje mesmo li a história da diaconisa Élida, uma grande mulher relegada ao esquecimento por puro diletantismo organizacional. É assim quando nosso establishment quer apagar a biografia de alguém... Creio que na eternidade o trabalho de inúmeros anônimos se sobreporá ao de muitos grandes luminares. E há a vergonha. Os inúmeros ministérios e convenções. A falta de coesão doutrinária, a ausência de comando único e o prenúncio da derrocada. Não precisava ser assim. Pensar que há inúmeros ministérios nos quais suas lideranças vivem como nababos enquanto sugam dízimos e ofertas de pobres irmãos deveria nos causar asco. Mas qual? Tome-se, por exemplo, o mercado dos congressos e eventos. Pregadores caros, agendas cheias, obviedades, salamaleques, excentricidades, saldo espiritual próximo do zero! Mas as programações já estão a pleno vapor para 2013.

A próxima AGO em Brasília/DF se realizará sob os auspícios de várias mentiras e disparates. Tempos atrás ouvi dizer que a última eleição, também seria a última na qual o Pr. José Wellington seria candidato. Agora mudou de opinião. O Pr. Samuel Câmara, velho conhecido dos posts do blog, só pensa em ganhar a eleição, isto desde há muitos anos. Estamos debaixo de uma polarização absurda. Nas palavras do Pr. Jesiel Padilha faltariam homens com estatura para fazer frente ao Pr. Samuel Câmara. Só pode ser achincalhe! Pensar que o Brasil tenha 20 ou 25 milhões de assembleianos e não haja senão dois contendores!? A precariedade do atual estatuto, por outro lado, inibe o lançamento de candidaturas alternativas. Quem teria 10 ou 15 milhões de reais para bancar uma candidatura deste porte?

Há mais de vinte anos que o Pr. José Wellington detém o poder nas ADs. Ou melhor detém o título, porque não tem poder nenhum de interferir nas Convenções, a não ser naquela que preside. Elas são feudos impenetráveis, encobertas pelo manto da vitaliciedade. Que seria um mal menor não houvesse o nepotismo e uma salada de pendores. Do enriquecimento ilícito de alguns pastores à briga e desunião nos Estados, do apoio político ilegal às práticas mais descabidas possíveis como o personalismo. Aliás, como ele não interfere, praticamente a maioria dos presidentes o ama e vota em sua reeleição! É mais ou menos como a coalizão que governa o Brasil. Desde que Dilma não meta o bico nos Estados ou nos nacos dos partidos... Na conta entram descontrole, favorecimento, leniência, omissão, corrupção, adiamento de soluções com todos seus efeitos nefastos conhecidos.

Porém, pensando como igreja o que de novo houve em 2012 e que o se pode esperar para 2013? Vamos por partes que o trem é lento. Já reclamei aqui que precisamos nos mexer no item que mais nos é caro. Não nos notabilizamos por produção intelectual, pelo ineditismo dos hinos, pela qualidade arquitetônica (embora hajam exemplos notáveis), a parcela mais vultosa de nosso capital intelectual vem da evangelização. Houve, é verdade a Década da Colheita, mas isso foi há vinte anos. Minhas filhas nunca ouviram falar no assunto!? O que há de plano evangelístico nacional hoje? Praticamente, nada. A não ser as louváveis iniciativas isoladas das Convenções estaduais, a CGADB não move uma palha. Citamos o caso aqui da UMADENE, que deveria fazer frente ao desafio das 182 cidades do sertão nordestino com menos de 1% de evangélicos, mas suas receitas estão ocupadas pelas prebendas. São, igualmente, omissas. Para 2013 esperaria uma chuva de esperança no sertão nordestino. Há inúmeros pastores orando por isso.

Nos próximos quatro meses só se fala de eleição. Não há espaço para a agenda do Reino, somente os projetos pessoais terão relevância. Se o Pr. Samuel Câmara ganhar, promove uma caça às bruxas e planeja como implantar as inovações. Se o Pr. José Wellington for o vencedor, vai ficar tudo na mesma. Em ambos os desfechos corremos o risco de uma nova Madureira. A famosa história da cruz e a espada. É muito triste chegar aos cem anos curvados a tais idiossincrasias. E pensar que o comando foi dos suecos aos brasileiros pensando em dinamismo!? Abraão de Almeida lançou um livro sobre lições da história que não devemos esquecer, mas nossa AD anda esquecendo muitas passagens dele. Nos EUA a AD está às voltas com a diminuição de membros, na Europa beira à calamidade. Enquanto debatemos a quadratura do círculo.

Sinto-me exausto. Tudo aquilo contra o que falamos aqui no blog permanece acontecendo. E da minha janela imaginária o cenário enuviado prenuncia dificuldades. Em qualquer das hipóteses, 2013, ao menos no plano nacional, será um ano sem planos, sem projetos, sem nenhum movimento de nível estratégico. E isto é muito ruim em termos do Evangelho. Ainda bem que Deus tem planos, sim, para o próximo ano. E os que não se curvam hão de esforçar mais uma vez e buscarão se inserir nele.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

What's happening with Christmas in church?

A tradução livre é o que está acontecendo com o Natal na Igreja?, vocês sabem. São várias as impressões que me levam a este breve texto. Primeiro, o desinteresse de vir à igreja. Conversei com vários dirigentes de congregação que associam-se comigo à preocupação crescente com o esvaziamento dos templos. Até pensei que era só eu. Na principal congregação que auxilio a data (24/12) coincidiu com a Ceia do Senhor, então, a assistência foi bem melhor.

Muitos ausentes:
1) Por não terem comprado uma roupa nova. A festa era de Jesus, mas quem está aí pra isso, não é?
2) Por terem agendado outro compromisso. Ceia, passeio, diversão, restaurante, pizzaria. Uma infinidade...
3) Por não quererem ir mesmo. É um grupo crescente. Alguns se sentem justificados por não haver uma programação puramente natalina. Mas também não contribuem para isso. É a teoria da parede em ação.

A palavra da hora (ou do dia) é cantata. Sem cantata não tem Natal, dizem. Não houve propriamente uma cantata aqui, mas foi muito bonito o culto. Como foi maravilhosa a cantata de Natal promovida pela COMADALPE, no dia 25/12, baseada nos hinos da Harpa Cristã. Aliás, bastante concorrida. No mais pouco falaram no nascimento de Cristo e o restante da hinologia não ajuda. O que a sanfona de Alice Maciel tem a ver com o Natal? Deixa pra lá, que eu já estou com a pecha de crítico... No geral, não podemos falar nada do Baile do Menino Deus, uma mistura de forró, teatro, encenação popular, bumba meu boi e Natal!?

É um sintoma de nossos tempos. Havia até alguns vasos ao meu redor. Enquanto Alice tocava, gritavam e gesticulavam. Durante a cantata dos hinos da Harpa, com coro e orquestra, apatia. Jesus tem que nascer de novo?

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Por ser um peregrino...

Não por ser da denominação A ou da B, da Convenção A ou da B, filiado à associação A ou B, mas por ser um peregrino...

sábado, 22 de dezembro de 2012

Natal!


Como o mundo não acabou, vamos falar do Natal? Não, não é daquela festa de luzes e cores, coreografias ensaiadas, presentes, nada disso. Vamos falar do nascimento de Jesus. Um acontecimento singular, que ocorreu na Judeia. Um dos mais vívidos relatos que já li está no comentário Al Nuevo Testamiento de William Barclay, editora CLIE. Ele diz que:

1) Jesus nasceu numa manjedoura. Era um lugar fora do convívio familiar, aonde se guardavam os animais. O único que acorreu aos hóspedes deslocados. Jesus fora do coração dos homens, não lhes parece tão familiar com os Natais estilizados de nossos dias. Ainda hoje Jesus procura lugar no coração dos homens!

2) Quando um menino nascia era sinal de festa. Todos sabiam, o pai saía às ruas para festejar. Quando era menina, os pais ficavam tristes trancados em suas casas. Tristes dias obliterados pelo modo machista de enxergar a vida. Meninos ou meninas, são todos bem vindos! Aí nasceu um menino, mas José não podia festejar entre pessoas, razoavelmente,estranhas. Então Deus enviou seu coral de anjos para festejar com ele! Não era uma concessão ao status quo, apenas a comemoração da encarnação do Filho de Deus!

3) Os pastores eram tidos como religiosos de segunda categoria, porque ao invés de estarem no templo, estavam com suas ovelhas. Não podiam cumprir todos os detalhes da Lei cerimonial. Mas, quando o sacerdote precisava fazer um sacrifício tinha de escolher um animal sem defeitos. Quem os conhecia desde seu nascimento? Eles! Estes, em especial, estavam perto de Belém, portanto, perto dos locais de cerimônia, provavelmente, cuidando dos rebanhos do templo. Então, foram eles os primeiro a verem o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!

Uma última nota vai para o irmão ou irmã que não irá participar do Natal em sua igreja porque não comprou uma roupa nova. É triste constatar este costume entre nós. O mais importante do Natal é que Cristo tenha nascido entre nós. Isto nos basta. Celebremos!

Aproveitamos para agradecer aos nossos dez fiéis leitores. Nos visitem sempre, a casa é nossa!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O saco de gatos de Rob Bell


A entrevista dada à VEJA duas semanas atrás já é conhecida de vocês, meus dez leitores. Prometi a mim mesmo dizer algo a respeito, já que vocês não precisam ler aqui sobre isto. Rob Bell é um personagem da cena evangélica americana, pastor, escritor, famoso, carismático, enche uma igreja com oito mil pessoas, aos domingos. É o queridinho da igreja light. Não fala sobre Céu e Inferno em seus cultos, não ao menos na perspectiva mais comum entre nós. Acredita no universalismo, doutrina na qual ao final todos se salvam. Apóia o casamento homossexual e vende livros como água.

O que há errado com ele? Comecemos pelo fim. Indagado sobre o universalismo mostrou-se inquieto com um Deus que condena. Segundo ele, Jesus pregou um Deus de amor. Seria difícil imaginar um lugar de sofrimento eterno, especialmente se criado por Deus. O repórter fazendo o papel de burra de Balaão, atirou: E quem não quiser ir? Não parece errado que alguém deva ser salvo por um Deus no qual não crê? E se alguém não quisesse ir para o Paraíso? Deus salvaria Hitler? Rob é moderno, mas não bobo, saiu pela tangente.

Além de um caso clássico para a apologia (deixo a tarefa para eles, os apologetas, eu sou um vendedor de cocadas...), não passou despercebido um certo nível decantado de outras investidas e invencionices desta natureza. Houve outros Bells ao longo da história evangélica mundial, mas hoje esta cristalizada uma certa tendência. Com a sucessão de teóricos deste esquema nefasto alguns passaram a acreditar nele. Este, aliás, é um dos pontos nos quais tenho me aplicado há algum tempo. Não é difícil perceber o desencanto com o dogma. Não aquele conjunto infundado de normas da Igreja Católica, mas tudo aquilo que representa hierarquia, ordem, organização e recato. A igreja self-service se consolidou, embora o próprio Rob tenha reconhecido que não são clientes os membros. Esses teóricos são assim mesmo, ortodoxos segundo sua conveniência.

Não sou saudosista, mas já cultuei em cima de um banco que nem aonde encostar tinha. Hoje as pessoas exigem climatização, cadeiras acolchoadas  estacionamento com diáconos como seguranças. Do contrário ameaçam dizimar em outros redis, ou nem dizimar!? Acreditem, o dízimo virou uma arma! Mas o ponto crítico ainda não é esse. É a palavra e a autoridade pastoral que está sendo cada vez mais criticada. As advertências estão sendo encaradas como invencionice. A seu modo Rob toca nesse ponto. Prega uma igreja flexível, aonde os pontos de vista particulares tenham peso de doutrina, apenas se partindo do público para o púlpito. Eu tinha aprendido que o fogo sai do altar, mas agora o contrário acontece. A submissão se tornou pecado. O questionamento, obrigação. Não é desejável a robotização da plateia, mas o exagero a cada dia fica mais evidente. Rob afirma que a liderança não entende os anseios da plateia. Nunca os pastores estarão a par destas demandas. É por isso que dependemos cada vez mais de Deus, para enxergar os contornos de uma decisão menos aceita, de uma crítica fora de contexto, das implicações, enfim, do dia-a-dia eclesiástico e, sobretudo, de distinguir o supérfluo do necessário.

Rob Bell defende o engajamento social à moda do MEP de Robinson Canvalcanti e de Ariovaldo Ramos. Segundo ele, nossa missão principal não é chegar no Céu, mas trabalhar para fazer do mundo um lugar melhor. Aprendemos com Jesus que um mundo melhor começa não com nossas atitudes, mas como nosso arrependimento. O mais é consequência. É um evangelho para deixar-nos em paz com as demandas de nosso tempo. Nesse contexto o pecado não é o mal a ser vencido e contra o qual a igreja se insurge. Mas é um conceito moldado a partir da crença de cada um. Se você não acredita que algo é pecado... Além de nossa bondade neutralizar seus eventuais efeitos colaterais. É um conceito charmoso para as pessoas de bem. Por isso o pecado não encontra espaço em suas pregações. O Céu não é o destino de sua mensagem. É uma reencarnação em vida. Ainda bem que Cristo veio para os perdidos!

Não ficaria surpreso se Rob atacasse o evangelismo pessoal (quem quiser vem à Igreja, como pregam alguns calvinistas), a santidade como prerrogativa para ver a Deus e a própria Igreja como entidade fundada por Cristo. Em maior ou menor grau esse sumo decantado dos livros de auto-ajuda disfarçado de moderno (ou pós, segundo o discurso) se disseminou bem mais do que possamos imaginar. Alie-se a isto o comodismo típico de nossos dias e teremos um caldo fervente prestes a redefinir o mundo eclesiástico. Rob não faria muito estrago sozinho, senão aos seus. O problema é que uma mentira dita tantas vezes passou a ser acreditada. E defendida academicamente. Ganhou a mídia, os festivais evangélicos, os blogs liberais, o culto e as denominações. Bem mais do que somos capazes de perceber.

Eu conheço o final desse filme. Como disse um dos críticos da entrevista, na revista na semana seguinte: O discurso de Rob parece mais com goma de mascar. Quando o açúcar for embora e só restar a borracha...

domingo, 9 de dezembro de 2012

Maiorias


Silas contesta quem não gosta de promessas

Ontem, o Pr. Silas Malafaia criticou os que não vêem com bons olhos o Festival Promessas da Rede Globo. Para ele a promoção do festival é reflexo do crescimento evangélico, que em breve seremos maioria e outras bobagens. Concordo com o Pr. Silas Malafaia em várias ocasiões. Mas agora não. Todo interesse que move a TV é financeiro. Os cantores estão lá para que a exposição se reverta em vendas maiores ainda para suas produções. A emissora tem em seu cast, através da Som Livre, alguns evangélicos. Não há nenhum interesse em propagar a fé evangélica. Tudo gira em torno de faturamento. O sonho da Globo é que não haja culto dominical, que fiquemos diante da telinha, assistindo ao Fantástico. Ora isso não é novidade, não é mesmo?

Coincidentemente, ontem, tivemos uma excelente reunião ministerial aqui na COMADALPE. Um dos assuntos abordados foi uma manchete do Mensageiro da Paz, falando sobre reportagem que registra o declínio da maioria evangélica nos EUA (Ainda volto a este tema quando tiver mais tempo). Apesar da óbvia crise americana, é bom relembrar que essa maioria nunca se reverteu positivamente. A minoria séria evangélica daquele País é que tem impactado de maneira positiva a literatura, a teologia e a música evangélica no mundo. No mais é um Festival Promessas a cada dia. Muito barulho por nada. Igrejas-estádios lotadas por crentes que não se diferem em nada do mundo. Assisto aos shows evangélicos americanos com suas coreografias importadas de Madona, Beyoncé, Lady Gaga e lamento que tudo gire em torno do choque visual e de dinheiro, muito dinheiro. Cristo anda longe destes festivais. A depender deles os EUA são a Europa de ontem. E o Brasil é o EUA de hoje!

Dia da Bíblia esquecido

A maioria evangélica quer Bíblias nas praças. Em Olinda/PE tem uma Praça da Bíblia. As lideranças desejaram e ganharam uma lei declarando o segundo domingo o Dia da Bíblia, promulgada por Fernando Henrique Cardoso, em 2001. Porém, aonde estão as comemorações do Dia da Bíblia? É a mesma coisa com o Dia do Evangélico, que já existe em algumas cidades brasileiras, no dia 31 de outubro. E que muitos querem para todas as outras. Ora, ora, as igrejas esqueceram o Dia da Reforma!? E assim vão as maiorias fazendo alarde sem essência.

Aqui nas congregações que auxiliamos, propusemos uma iniciativa barata e simples: lermos a Bíblia em um ano. Não é aquela pirotecnia do Promessas, não chama muito a atenção, mas surte um efeito de longo prazo. Eu já li duas vezes a Bíblia toda, mas estou relendo para enfatizar a importância do livro. Para ajudar baixamos um dos planos de leitura da SBB, ali quase graça (o preço da cópia). Bem simples.

Maioria sobe o Morro

Oitocentas mil pessoas voltearam o Morro da Conceição em Recife/PE. A santa é a padroeira da cidade. Maioria que expressa uma fé desfocada. Além da festa o JC OnLine destaca aqui o sincretismo religioso de pessoas que sobem o Morro embora sigam outra fé. Leiamos as palavras de uma dessas pessoas: Geralmente, quem vai aos pés da imagem da santa é católico apostólico romano. A gente do candomblé vai pelo respeito à santa. No dia 8 de dezembro, sempre vou à procissão e à missa. Quando olho para a estátua, não vejo Nossa Senhora da Conceição; vejo Iemanjá, a mãe das águas, mãe dos Oris (todas as pessoas). Outra parte da maioria, logo na descida do Morro, enche a cara e se embriaga. Olhando para a santa no alto do Morro.

Assim vão as maiorias. Oremos por elas. E você? Está apenas na maioria barulhenta ou faz sua lição de casa?

Críticas às Bíblias de Estudo


Por ocasião do Dia da Bíblia, gostaria de republicar um post polêmico com algumas pequenas alterações estilísticas. Nele constato que as Bíblias de Estudo:

1) Não aguçam a pesquisa. Por mais que as editoras evangélicas em geral se esforcem, o estudante, o pastor, o teólogo comum no Brasil tem preguiça para a pesquisa. Fui seminarista e senti na pele tal aversão. Não critico meus amigos, mas eles sabem que pesquisa cabeça não era seu forte. O que o aluno de teologia, de maneira genérica, gosta é de confronto e polêmica. Razão pela qual há tão pouco material de exegese gestado em nossas terras. O assunto mais comentado por um estudante de seminário é o arrebatamento. Ele gosta de detalhar etapas, etc e tal. 

Boa parte dos compradores fazem pesquisas pontuais, sobre temas generalíssimos, tão logo os versículos são citados numa leitura oficial, por exemplo. Fora isso, a apatia é um mal comum. Conheço menos de dez pastores que gestam um sermão com razoável antecedência, a grande maioria recebe na hora, apesar de ensinar o contrário. Curiosamente, conheço vários pregadores que possuem uma Bíblia simples toda marcada e anotada de próprio punho. 

Boa parte da culpa atribuo aos seminários. Há pouco incentivo à pesquisa e à publicação da produção intelectual. Boa parte dos pesquisadores que aparecem nos seminários já o eram desde há muito;

2) Não aguçam a leitura. Não conheço uma só pessoa, me perdoem se generalizo, que tenha se tornado um leitor mais ávido, após a compra de tais Bíblias. Os que gostam de ler, já o faziam antes. Se ter uma Bíblia não serve à leitura e meditação, então risquemos de suas páginas passagens como o Salmo 1! Relembro aqui uma história que aconteceu comigo. Chegando ao gabinete de determinado pastor, numa sexta-feira, este me mostrou, orgulhoso, seu plantel de Bíblias de estudo. Era BEP, Scofield, Thompson, Vida Nova e por aí vai. Como sou perspicaz, perguntei:
- Destas Bíblias que o senhor tem, quais foram lidas esta semana?
Ele respondeu, honestamente:
- Nenhuma, rapaz. Infelizmente...
Retruquei:
- Então, era melhor ter um Novo Testamento, daqueles dos Gideões, desde que lido com frequência!

Acreditem, há pastores que nunca leram a Bíblia toda! Apesar de terem e exibirem Bíblias as mais diversas.

3) Não aguçam a espiritualidade. Esta é uma triste constatação, não conheço ninguém que tenha se tornado mais profundo, espiritualmente falando, estudando em tais Bíblias. Se uma Bíblia oferece mais recursos, audiovisuais, inclusive, reza a tese que o aluno deveria estar mais instruído, e, por consequência, mais culto, e daí mais crente. Se uma Bíblia não transforma, que valor tem? As pessoas ficam me olhando ressabiadas quando pedem uma indicação de Bíblia de Estudo. Perguntam-me qual a melhor? Respondo: A que você lê! Procure uma boa Teologia Sistemática, que vai oferecer recursos suficientes para compreensão panorâmica das Escrituras Sagradas.

Depois eu sou um crítico desalmado...

sábado, 8 de dezembro de 2012

O que gostar da Bíblia não é!


Gostar da Bíblia não é guardá-la em local seguro. O local mais seguro para se colocar uma Bíblia são as mãos do seu dono. Também não é praticar por conveniência. Mandamentos sobre renúncia e amar a quem nos odeia não são optativos. Muito menos conservá-la aberta numa estante. A Bíblia deve estar aberta a frente dos nossos olhos. A Bíblia que temos deve ser folheada, lida, examinada, relida e colocada em prática.

Que no Dia da Bíblia os crentes lembrem que possuem uma!

Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil a data começou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP). E, graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenhado pela entidade, o Dia da Bíblia passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de todas a semana que antecede a data. Desde dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, graças à Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional.

Fonte: SBB - Sociedade Bíblica do Brasil

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O movimento gay está triste

Ao contrário do estardalhaço que fizeram, a morte do jornalista goiano Lucas Cardoso Fortuna, militante gay, não foi homofobia, mas latrocínio. O lobby, é claro, não aceita o resultado. Infelizmente, mais um corpo no meio da discussão mais sem sentido da História. Maria do Rosário, aquela que sempre tem tempo para os homossexuais, apesar de Direitos Humanos ser uma palavra bem abrangente, se manifestou dizendo que vai pressionar a Polícia Civil pernambucana por não ser crime homofóbico. Um cadáver sem causa não lhe interessa. No Quem a Homofobia matou Hoje, blog gay, Lucas ainda consta como morto por motivação homofóbica. Assim se fabricam as estatísticas. Já são 311 mortes. Na própria página você vê crimes passionais, contados nos números do movimento. Assim, sem constrangimento e sem questionamento.

O mais deprimente é que a violência em si, não importando a categoria da pessoa, tenha passado a segundo plano. Ainda bem que foi uma delegada, se fosse só homem na investigação...

Mais informações aqui e aqui.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A prevalência das coisas supérfluas


Vocês conhecem a figura acima!? Se não, lhes apresento o indiano Amar Bharti, 58, que é um sadhu, homem sagrado do hinduísmo. Entre suas excentricidades: não cortar a unha (no detalhe) há 28 anos e estar há 39 com o braço erguido em homenagem a Shiva. Este fato não seria mencionado aqui no blog senão por uma incrível semelhança com a igreja evangélica.

Notem, ele não foi elevado à condição de celebridade por seus dotes, digamos, espirituais. Mas por ter uma grande unha e não baixar o braço!? Não é exatamente como o lugar tomado pelas coisas supérfluas em nossas igrejas? Câmeras melhores para um close bonito nas unhas. Tamanho do templo e quantidade acomodações. Marcas de ternos e quantos anéis o pregador ostenta. Currículos beirando uma redação. Quem grita mais? Quem fala mais no Diabo (acreditem ele tem muito mais espaço e ação do que é na realidade)? Quem fala mais línguas estranhas ao microfone? Quem distribui mais bençãos? Quem massageia o ego melhor? Quem imposta melhor a voz?

Num mundo midiático e que preza os valores exteriores nos saímos muito bem. Já do lado de dentro... O pior é que seus dotes foram exibidos num festival de homens santos hindus. Aquelas reuniões em que se ostenta muito e se aproveita pouco!?

E aí? Qual o tamanho das suas unhas? Há quanto tempo você não baixa o braço?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Esmiuçando uma entrevista de um mestre...

O PointRhema, famoso blog, do meu amigo Pr. Carlos Roberto, publicou uma entrevista do Pr. Antonio Gilberto. Entre os temas, um dos prediletos do blog: Ministério Feminino. Vou com ele em vermelho e eu em azul.

Seara News - Um assunto polêmico, cujo debate já dura por décadas, é o ministério pastoral feminino. Hoje algumas Assembleias de Deus já reconhecem a ordenação de mulheres. Existe respaldo bíblico-doutrinário para isso?

Para os que conhecem pouco a história assembleiana, e aqui está o busílis, como diz o Reinaldo Azevedo, até 1930 as mulheres participavam das EBOs e tudo o mais. Há um coitado que criticou uma postagem anterior minha, aonde profetizei que muito breve as mulheres adentrariam tais reuniões. Ele restringiu o problema à minha Convenção, dizendo que em tal lugar sim, em tal lugar não, mas, de fato, elas vão readentrar (nem existe este verbo), pois já entraram várias vezes na história. Depois que Frida pregou em presídios e praças, quando ninguém ousaria fazer isto, idos de mil novecentos e pouco...

Pr. Antônio Gilberto - Não, não e outra vez não! Não existe! Ordenação… Mulheres no Santo Ministério, tanto venham. Inclusive muitas vezes elas fazem o trabalho melhor do que os homens. Mas ordenar para o Santo Ministério, não tem base nas Escrituras. 

Como se diz aqui: Cuma!? Vamos detalhar a frase. Se fazem o trabalho é porque lhe damos. São os homens que possuem as prerrogativas para determinar quem vai fazer o quê. Como assim muitas vezes fazem melhor que os homens? Então, há casos de legítima atuação feminina. Vejam a partícula adversativa... A Bíblia proíbe a ordenação, nas palavras do nobre pastor, MAS se lhes permite fazer exatamente o que é prerrogativa da... ordenação. É muito pra minha cachola! Vou tomar um diazepan!

E como é que isso está acontecendo? É a igreja a culpada e a igreja vai prestar conta disso. A igreja que eu digo não é a igreja o prédio, os responsáveis vão prestar conta disso. Jesus nunca ordenou mulheres. O apóstolo Paulo que é um paradigma, não separou, nunca ordenou mulheres.

Vejam que pérola. A Igreja que será culpada por ordenar, não será culpada por enviar missionárias, por exemplo, à revelia da mesma Palavra que ele evoca? Desde o início tenho dito: ou cumprimos o que está escrito ou paramos com essa conversa. Jesus nunca enviou missionárias, Paulo, idem, mas, convenientemente a Igreja o faz.

Agora, mulheres trabalharem no Santo Ministério, tanto venham. Cantoras, professoras de escola dominical e etc. 

Não é um primor? Cantora? Poooode! Professora de criancinhas comportadinhas (do tipo que deixam a professora rouca todo domingo)? Pooode! Dirigente de Círculo de Oração Infantil? Pooode! E de Círculo de Oração de Adultos, para orar, em média, quatro horas por semana? Pooode! E por que pode? Ora, porque os ministros e obreiros, mesmo quando aposentados, não querem desempenhar tais funções, terceirizando, por conveniência, a responsabilidade! Quando o Círculo de Oração foi fundado em Casa Amarela, Recife/PE, certamente as irmãs foram pedir para que o pastor permitisse as reuniões, organizasse administrativamente o orgão, etc. Por que ele não disse: Olha, irmãs, não posso permitir tal reunião a menos que um presbítero de minha confiança a dirija? Tanto venham...!

Mas irmão Gilberto, e diaconisa? Lá no livro de Romanos o apóstolo Paulo disse que aquela irmã era diaconisa na igreja de Cencréia. Onde está isso no original? Não existe! Sim, mas o comentário que eu li diz que era diaconisa. 

Conversa! No grego está na forma masculina, ou seja, Paulo deixou aquela mulher ali provisoriamente, ou então o trabalho era novinho e não tinha homem nenhum para exercer o diaconato, ele disse vem cá “fulana” (Febe), faz o trabalho aqui, a obra de Deus não pode parar por causa de problema humano. Está no masculino.

Essa ligeireza, com todo respeito, é característica. Viram como ele arruma a solução, rápido, rápido? Certamente lá em Cencréia aconteceu como em muitos lugares. Mandam uma mulher cavar o poço, depois o homem distribui a água. Fui sutil? Como assim, a obra não pode parar por problema humano? É essa a abordagem que o nobre pastor usa para não se furtar a dar sua contribuição ao lado de Marlene LeFever, num Congresso de EBD? Ele estava lá, por que não usou toda ortodoxia para não pregar ao lado de uma mulher? Por que ele não rejeita os convites da Igreja americana que ORDENA mulheres?

Uma vez um pastor presidente de uma grande e renomada convenção, nós estávamos juntos em Goiânia ministrando, e ele no hotel conversando comigo, disse: “estou agora na presidência, vou incentivar, irmão Gilberto, o diaconato das mulheres que está praticamente parado. O que o irmão diz?”

- Eu prefiro primeiro que o senhor que é o chefe, me dê alguma coisa.

Ele disse: “eu me baseio lá em Rm 16, Febe, aquela irmã que era um tesouro na igreja de Cencréia (inclusive quando os irmãos forem a Grécia visitem as ruínas de Cencréia. Eu fui lá visitar, só tem ruínas, e eu fiquei pensando onde é que ficaria aqui a casa dela, porque tudo indica que era uma mulher de muito dinheiro. Paulo disse: “ela me hospedou muitas vezes, e hospedou a muitos”), que era diaconisa, a Bíblia em português diz: que serve ao Senhor na igreja de Cencréia, outra versão que eu tenho diz que ela servia como diaconisa”. Eu me calei, e ele disse: “uma segunda passagem, irmão Gilberto, que eu tenho em mente é lá em Timóteo quando a Bíblia diz: e as mulheres…”

Leiamos a posição oficial da Assembléia de Deus americana (aquela mesma que é a queridinha dos estudiosos brasileiros), sobre quem era Febe: 
Phoebe, a leader in the church at Cenchrea, was highly commended to the church at Rome by Paul (Romans 16:1,2). Unfortunately, translation biases have often obscured Phoebe’s position of leadership, calling her a “servant” (NIV, NASB, ESV). Yet Phoebe was diakonos of the church at Cenchrea. Paul regularly used this term for a minister or leader of a congregation and applied it specifically to Jesus Christ, Tychicus, Epaphras, Timothy, and to his own ministry. Depending on the context,  diakonos  is usually translated “deacon” or “minister.” Though some translators have chosen the word deaconess (e.g., RSV, because Phoebe was female), the Greek diakonos is a masculine noun. Therefore, it seems likely that  diakonos  was the designation for an official leadership position in the Early Church and the proper translation for Phoebe’s role is “deacon” (TNIV, NLT, NRSV) or “minister.” Moreover, a number of translations reflect similar biases by referring to Phoebe as having  been a “great help” (NIV) or “helper” (NASB) of many, including Paul himself (Romans 16:2). The Greek term here is prostatis, better translated by the NRSV as “benefactor” with its overtones of equality and leadership.

Eu disse: Pastor, a passagem de Romanos no original está no masculino, pode pegar qualquer manuscrito bíblico. Ou seja, ou o trabalho era novinho e não tinha homens habilitados, e o apóstolo Paulo um homem cheio do Espírito Santo, a obra de Deus não ia parar por causa de problema humano. Vem cá, Febe, exerce aqui enquanto não se prepara um homem, ou então não sei a razão, a Bíblia não explica, mas está no masculino.

“E lá em Timóteo?”

Pode pegar o termo original que a oração no grego pára, e quando diz as mulheres, são as esposas dos obreiros. Ele parou, e parou até hoje.

Esse pessoal é assim, usa o grego CONFORME a necessidade. Por que não mencionou sinergos, para cooperadores, Áquila e Priscila, em Rm 16:2? Por que ele não falou sobre kopiaô, no mesmo capítulo 16 de Romanos? É o verbo que Paulo usa para o trabalho de Maria (v. 6), Trifena, Trifosa (v. 12)? E não se refere ao trabalho doméstico? Ali mesmo em 16:7 ele cita o caso de Júnias, uma apóstola, mas o termo TAMBÉM está no masculino!? Aliás, sobre Júnias o comum naqueles que condenam o ministério feminino é dizer que é uma variante de nome masculino. Leiamos o que diz o mesmo documento da AD americana:

Junia was identified by Paul as an apostle (Romans 16:7). Beginning in the thirteenth century, a number of scholars and translators masculinized her name to Junias, apparently unwilling to admit that there was a female apostle. However, the name Junia is found more than 250 times in Rome alone, while the masculine form Junias is unknown in any Greco-Roman source. Paul clearly was a strong advocate of women in ministry.
Voltando a pergunta, o que o irmão diz disso? É anti-bíblico. E o que fazer? 

Quem estiver fazendo vai prestar conta a Deus. Mas infelizmente não é só ordenação de mulheres, é muita coisa que a igreja decide por ela. Eu podia fazer menção aqui, não vou, não há necessidade. Para ninguém pensar que é só esse fato: São várias coisas que a igreja faz sem ter… Por exemplo, há igrejas que só separam (consagram) obreiros para o diaconato se forem casados, não estou criticando a igreja local, há igreja que só separa (consagra) casados, porque o escândalo está sendo grande de obreiros solteiros. Enfim, a igreja que tomou a decisão, não é a Bíblia.

É verdade, são muitas coisas. Por exemplo, permitir que uma certa Bíblia seja publicada, endossando uma versão totalmente desviada da Palavra de Deus. Cito a Dake, que o nobre pastor como consultor teológico  da CPAD defendeu com unhas e dentes. Procurem na web algo a respeito. Nunca vi o nobre falando sobre o empoderamento pastoral assembleiano, sobre o enriquecimento de alguns líderes, sobre a apatia evangelizadora da CGADB e tantas outras coisas...

Batismo em águas: tem igreja que a pessoa se entregou pra Jesus, foi perdoada ali mesmo, foi convertida, batiza na água. Tem igreja que diz: “Não, aqui pra ser batizado tem que fazer um cursinho”. Lá na minha igreja, por exemplo, tem um cursinho de três meses, onde está isso na Bíblia? Lugar nenhum. É a igreja que decide!

Realização de matrimônio, esse caso é mais um, só que este é grave.

Então, em resumo, não tem base na Escritura, nem no Antigo, nem no Novo Testamento. Deus quer a mulher no ministério, quanto mais, melhor, para muita tarefa. Mas ordenação para cuidar do rebanho Deus reservou para o homem. De modo que esse negócio está dando problema. E os que estão na Assembleia de Deus? Vão prestar conta a Deus! Vamos brigar com eles? Deixa pra lá, vão prestar conta a Deus! Esse é que é o problema, a Bíblia diz cada um de nós. Eu vou dar conta e os irmãos vão dar conta também. Se o Tribunal de Cristo fosse coletivo…, mas a Bíblia diz cada um. Então nós temos que pensar nisso.

Engraçado, não vejo os problemas apontados pelo nobre pastor. Leio e ouço sobre o problema de mulheres não ordenadas mandarem em seus maridos, inclusive, com a ordenação de obreiros. Isso no Brasil todo, pois tenho muitos contatos País afora. Ouço falar de sangrias dos cofres promovidas por irmãs insuspeitas, que mal falam ao microfone, quanto mais almejar o ministério. Ouço falar da imposição de festas de aniversário e presentes caros. De compras de imóveis e carros para satisfazer a certas madames. Sem falar nos pecados... Com todo respeito, é como se diz por aqui: é muita falta do que fazer! Queria eu que todos os problemas da AD brasileira fosse a ordenação ministerial feminina. Queria eu...!

Documento da AD americana, aqui.
A entrevista com o Pr. Antonio Gilberto está aqui.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Se convidados para algumas igrejas da própria denominação...

...alguns deles estariam impedidos. Ao menos um dos meus dez leitores sabe do que falo... Outra coisa importante: falam tanto contra a Teologia da Prosperidade, tem logo um gospel estampado no título. O termo retete é típico do desleixo com os dons espirituais. Depois eu sou crítico e amargo, desse jeito... 
Capturado aqui.


Aviso: Alguns leitores me alertam que o evento em epígrafe não é verdadeiro. Apenas o sonho de alguns usuários do reteté no Facebook. A contar com os ventos assembleianos não duvidei de sua veracidade ao ler pela primeira vez. Decidi manter o post, por conta de um questionamento que um leitor fez. A réplica está nos comentários.