quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Novamente, os filhos das trevas...



Quem assistiu à conclusão da anunciada renúncia de Bento XVI, pode perceber que não existe paralelo no mundo evangélico. Ele disse coisas como: "Sou um peregrino", "Vou ajudar orando", "Serei servo do novo papa". Frases que fariam corar um concorrente a presidente da CGADB.

Que haja o mesmo espírito nos que participarão da AGO em Brasília. Não era nem para pedir isso... Mas fazer o quê? Bento XVI sentiria vergonha alheia.

Aarghh!

Vomitei! Não, não foi por conta de uma virose. Tive uma êmese ao ler os posts por aí afora à respeito da eleição para a presidência da CGADB. Senti nojo ao perceber a utilização institucional a favor das duas candidaturas. Os sites de alguns ministérios divulgam o candidato preferido abertamente. Assim, usando o espaço da igreja para a promoção de uma pessoa, ferindo a ética e o bom senso. Os blogs pessoais (que até podem ter uma posição particular) ecoam acusações pra lá e pra cá. Interessados, ora posam de ovelha, ora de lobo. Ora acusam, ora se defendem de acusações. Ora posam de mocinho, ora de bandido num filme sem pé, nem cabeça. Quando é que a instituição Assembleia de Deus vai valer alguma coisa nesse joguete? Será que o resultado da eleição não será mera permissão divina contra sua vontade? Ninguém quer debater propostas, tendências, futuro. Enlouquecidos querem o poder aqui e agora, visando apenas os futuros benefícios a que terão direito. Enquanto a súcia prepara o bote. Que asco!!!?

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Tempos trabalhosos

Prezados dez leitores, diz 23/01, publicamos aqui um post sobre a declaração da ministra Luiza Bairros, ecoando o Notícias Cristãs e outros portais evangélicos. Ela disse o seguinte, na ocasião, jogando para uma platéia amestrada:
Alguns setores, especialmente evangélicos pentecostais, gostariam que essas manifestações africanas desaparecessem totalmente da sociedade brasileira, o que certamente não ocorrerá. Nós queremos fazer com que essas comunidades também sejam beneficiadas pelas políticas públicas.
A reportagem prossegue, e eu repliquei no blog, evidenciando o nível terrorista das colocações da ministra:
A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, disse nesta segunda-feira que os ataques às religiões de matriz africana chegaram a um nível insuportável. 'O pior não é apenas o grande número, mas a gravidade dos casos que têm acontecido. São agressões físicas, ameaças de depredação de casas e comunidades. Nós consideramos que isso chegou em um ponto insuportável e que não se trata apenas de uma disputa religiosa, mas, evidentemente, uma disputa por valores civilizatórios', disse ao chegar ao ato lembrando o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo
Não fora a indigência em que se encontra a igreja evangélica brasileira, especialmente a Assembleia de Deus, por ser a maior denominação, que a esta altura só pensa na eleição em abril, tal declaração seria alvo de repúdio imediato e incisivo. Evocando a Lei 12.527/2011, solicitei informações (texto abaixo) à Secretaria sobre aonde estariam acontecendo os tais ataques. Continue lendo:

Prezados Senhores,

Li no noticiário que a ministra Luíza Barros, participando em ato na cidade de São Paulo, no dia de ontem, 22/01/2013, mencionou que  as denúncias de agressão religiosa estão crescendo. Segundo ela "são agressões físicas, ameaças de depredação de casas e comunidades". 

Como líder religioso gostaria de ter acesso às denúncias recebidas por esta Secretaria. Quantas foram? Originadas aonde? Em que circunstâncias? Quem foi agredido? Em quais localidades? Em que cidades estão se dando as ameaças de depredação de casas e comunidades?

Agradecemos a presteza e o atendimento à Lei 12.527/2011

Àquela altura do campeonato, eu já imaginava uma das supostas ações do celerados evangélicos, altamente letais contra terreiros de umbanda. Pimba! Vocês devem saber o que está no relatório que me enviaram como resposta: a invasão do terreiro em Olinda!

Para os que chegaram agora, um resumo:
1) A Assembléia de Deus em Olinda promoveu um desfile evangelístico, em cujo roteiro estava um centro de umbanda (assim como um centro de umbanda promovesse um desfile fatalmente passaria em frente à uma AD, a rua é par ao uso comum, ok? o que não se admitiria seria a igreja incitar um confronto em frente);
2) O evento foi um desdobramento de um projeto proposto para os jovens, chamado ProjeFérias, promovido pela CONADEPE;
3) Durante o evento, que acontece nas férias de junho, há estudos bíblicos, gincanas, vigílias e cultos diversos, entre eles um desfile;
4) Os irmãos tiveram a sorte de passar na frente do terreiro, justo no horário em que havia uma cerimônia ritual do candomblé, que havia iniciado bem cedo;
5) À tarde alguém da comunidade tinha feito uma denúncia de magia negra à Polícia, que foi até o local e investigou o ocorrido, mas não encontrou nada que configurasse a denúncia;
6) Não houve agressão, nem violência, nem batida em portão. Nem qualquer ataque verbal, a não ser que o babalorixá tenha compreendido desta forma ao ouvir os hinos, perturbando sua paz;
7) Ele, o babalorixá. fez um barulho na imprensa, no MP, etc. Sabem como estas coisas encontram eco em nossos tempos.... E a denúncia chegou à SEPPIR, que não se incomodou em procurar saber o que está, de fato, acontecendo. Eles querem apenas um emblema, não é?

Clicando aqui você encontra um vídeo do acontecimento. E das agressões sofridas (note que ele está com a camisa rasgada, todo ensanguentado. Ah! Como eles queriam que fosse assim...).

Outro caso, aqui de Pernambuco, aconteceu na cidade de Brejo da Madre de Deus na mesma semana. Um grupo de pessoas, adeptos de religiões afro, sequestrou, estuprou, matou e esquartejou uma criança, em um ritual de magia negra. A população depredou o centro aonde se reuniam e destruiu suas casas. Nada a ver com igrejas e evangélicos, muito menos com perseguição religiosa. Mas, incrivelmente, a SEPPIR registrou o caso como intolerância! Lembram como já lhes falei da fabricação de estatísticas para o lobby homofóbico? Algo semelhante ocorreu, denunciando um método de trabalho.

Em reposta à minha solicitação, eles me enviaram um relatório absurdamente vago sobre as supostas agressões. Lá tem de tudo. Invasão de terra quilombola? Agressão à religião deles! O que é que tem a ver? A SEPIR acha que tem e põe no relatório. Despejo de casa de umbanda por inadimplência? Agressão à religião! Invasão de território indígena por peruanos, perturbação do sossego por terreiro, inadequação física de templos, desvio de cestas básicas, tudo é perseguição religiosa.

A cereja é que na reportagem que cobriu o evento da fala da ministra, ela deu conta do aumento em 700% das denúncias, mas no relatório que me foi enviado, que tem, portanto, peso legal, há 24 denúncias em 2011 e 23 em 2012.

Se nossa igreja tivesse uma representação digna do nome, esta ministra e o Governo que ela representa seria interpelada nas instâncias adequadas. Além dos veículos de reportagem que deram curso às informações sem uma checagem correta e sem apresentar o outro lado da questão. Mas, como diz o Reinaldo Azevedo, o jornalismo anda em crise moral, não devemos esperar muita coisa. O que diremos da igreja?

Por oportuno, tentarei enviar as informações do relatório com os meus questionamentos para a CGADB, para a CONADEPE, para a COMADALPE e para os deputados federais e senadores que se dizem representantes evangélicos. Vou ver se consigo ânimo para isto...

Vamos ver... o relatório-resposta da SEPPIR está aqui.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Esmiuçando propostas - Parte 3


Continuamos nossa breve análise das propostas do candidato Samuel Câmara (uma vez que não obtivemos acesso às propostas dos demais candidatos). Na primeira parte avaliamos a proposta de criar uma TV e rádio nacionais exclusivos da denominação. Cremos que, infelizmente, demonstramos como há tantas barreiras a serem vencidas, a ponto de inviabilizar a proposta. Na segunda parte, mostramos a proposta de impactar o Brasil através da evangelização. É uma boa proposta, mas... Bom, leiam e comentem.

Proposta nº 03 - Prestar apoio espiritual, educacional e previdenciário aos pastores

Vou apenas pela última parte da assistência: a previdenciária. É uma excelente proposta. Há uma área específica que trata do cômputo de valores como o das aposentadorias: a das ciências atuariais. Que consiste em avaliar o montante necessário para, por exemplo, prover uma aposentadoria de X, em quantos anos e com quanto será necessário contribuir. Portanto, existe a viabilidade técnica para implementar o processo.

Às convenções pareceria num primeiro momento uma proposta atraente. As livraria de desembolsos de grande monta, consideradas a quantidade de obreiros jubilados, daria segurança financeira para uma dedicação mais exclusiva dos ativos e tantas outros benefícios. Já pensou uma Convenção não ter que se preocupar com desembolsos em caso de morte de um pastor, sustentando a família condignamente?

Mas, nem tudo são flores. Criar um fundo para aportar este capital exige um investimento alto. Seria possível se todos quisessem fazê-lo. Mas nossa desunião é histórica. Normalmente, é cada um por si e Deus por todos. Outro problema é que ao menos uma parte da caixa preta da administração de cada Convenção teria de ser aberta. Ora, a CGADB desconhece números rasos como quantidade de membros, imagina capacidade financeira?

Esta desunião resultaria em problemas para manter o fundo. Poderíamos traçar um paralelo com o Governo Federal. Que desembolsa bilhões de reais para financiar o déficit do INSS, com os recolhimentos não efetuados por empresas, prefeituras e orgãos públicos, além do próprio crescimetno do sistema. Como o Tesouro tem sempre uma boa reserva se contorna. Em nosso caso, de onde sairia o dinheiro para cobrir os rombos?

Grande parte do problema está na origem e no formato administrativo de nossa igreja. Cada estado foi gradativamente se isolando, depois em cada um deles as convenções foram se dividindo e se isolando ainda mais. Lembra da história dos feudos? O jogo de poder (e dinheiro) fez o resto. O resultado é que não existe consenso mínimo para coisas simples como um cadastro único de membros!?

Outra questão crítica é: quantos ministros seria beneficiados com a medida? Hoje boa parte dos ministros não recebe qualquer ajuda financeira mensal de suas Convenções. Até mesmo daquelas organizadas financeiramente. Os que recebem o fazem a título de ajuda de custo, camuflando o salário para evitar eventuais acionamentos jurídicos. Em outras denominações históricas esta etapa já foi superada (um pastor batista, por exemplo, ao abrir um cadastro num banco coloca como função: ministro do evangelho). A questão imediata, portanto, é que nem todos seriam beneficiados, o que geraria um mal estar crescente. A questão adjacente é com quanto cada ministro se aposentaria ou sua família seria beneficiada em caso de morte? Na hipótese dos benefícios divergirem muito entre si, seria desconforto e discussão na certa.

Resta ainda outro fator. O fundo, se criado, só puderia dar suporte adequado aos seus beneficiários daqui a cinco ou dez anos. É uma decisão de longo prazo. Como, em quatro anos, seria possível realizar tal façanha? Nem se chamássemos um ás do mercado financeiro!

Por fim, quantos ministros há hoje na AD brasileira? Dou meu voto a quem Samuel Câmara indicar se a CGADB tiver a informação correta. E as pessoas pensam que todo problema da Convenção Geral é a briga pelo poder...

Donde concluímos que a proposta, no atual quadro administrativo, é inexequível.

Esmiuçando propostas - Parte 2
Esmiuçando propostas - Parte 1

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Os filhos das trevas...

Leio na coluna do Lauro Jardim:


Comando alterado 

Assim como vai acontecer em março no Bradesco, o conselho de administração do Itaú Unibanco proporá à Assembleia Geral de Acionistas uma alteração na data-limite para o cargo de presidente da holding. Mas na direção inversa. No Bradesco, cairá de 65 anos para 62 anos. No Itaú, aumentará de 60 anos para 62 anos. Pelos planos do Itaú, Roberto Setubal, 58, permanecerá até completar 60 anos na presidência do banco e permanece por mais dois anos no comando da holding.

Entenderam?

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O que a igreja tem a ver com a desmoralização das esquerdas?


Meu tempo está curto, curtíssimo. Como leio o Generácion Y há uns anos, não pude deixar de acompanhar a visita de Yoani. Critiquei em meu Facebook a recepção que reservaram à cubana em nosso País, começando pelo Estado aonde moro. Como sabem as manifestações correram o País, enchendo as pessoas equilibradas de vergonha. Uma senhora sai de seu calabouço após 20 tentativas, não é guerrilheira, senão das palavras, e é tratada como uma agente infiltrada da CIA? Que País é esse?

Há alguns flashes que queremos destacar:
1) O Governo petista deu total apoio aos ataques contra a blogueira. A Revista VEJA havia previsto de que maneira tentariam calar sua voz...

2) Outros partidos de esquerda, que cultuam os mitos Che Guevara e Fidel Castro, deram curso à pantomima. PSB, PC do B e outras siglas com ideais dinossáuricos estavam nas manifestações. Há quem diga por aqui que o PSB é menos autoritário que o PC do B, e, por isso, teria até sido escolhido por políticos evangélicos para o lançamento de candidaturas. Eles são socialistas. Ponto. É assim que se definem (ainda que eu, como Yoani, não acredite nestas definições, para nós a diferença se dá apenas em quem está no poder e quem quer chegar lá). Ou os candidatos assinam o estatuto ou não são do partido. Não é possível, também nisso, servir a dois senhores. Aliás, seria muito bom definir quem serve a quem. Pode parecer uma questão menor. Mas, o que é uma questão maior em nosso tumultuado ambiente evangélico brasileiro, não é?

3) Os ataques à blogueira desmoralizaram de vez as esquerdas brasileiras. Opinião boa é aquela que se manifesta a favor. Entenderam? Desde sempre o delírio deles é calar as opiniões contrárias. O que fizeram com a blogueira é inominável. Cuba está caindo aos pedaços, esta é a realidade, independente do embargo. Aliás, esta é a desculpa para o subdesenvolvimento de muitos países, por pura incompetência de seus governantes. Yoani disse bem: Faltam frutas e verduras? É culpa dos ianques! Cuba não planta!? É preciso, portanto, culpar alguém...

4) Este protesto deveria abrir os olhos dos pastores e líderes para compreender que a esquerda tem uma pauta, quem se opõe a ela não serve. Os itens da pauta são colocados todos os dias: aborto, apoio à homossexualidade, repressão da opinião, endeusamento de lideranças políticas, etc. É assim aqui, no Equador, na Venezuela, na Argentina... Não faz nem dois anos tentaram calar os pastores contrários ao aborto, na eleição de Dilma. Quem se lembra? Ano passado, Haddad, interditou o debate sobre tal assunto, taxando de retrógrado quem insistisse no tema...

5) Curiosamente, os ataques contra Silas Malafaia, no contexto em que estamos vivenciando, são apenas a face doméstica da guerra contra Yoani. Ela vai embora e nós ficaremos aqui, tendo que lutar contra tais tentativas. Leiam, por exemplo, os comentários do blogues e sites e vejam como o intento de demonizar as igrejas tem alcançado um razoável êxito. Sinto também vergonha dos pastores que em seus blogs e páginas não se manifestam sobre estes assuntos tão importantes. Os progressistas não teriam dificuldade alguma em calar as igrejas. Com a conivência de alguns dos nossos luminares.

Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram
meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram
e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar...
Martin Niemöller - 1933 - Símbolo da resistência aos nazistas

Mostre nossa força! (Atualizado!)


Prezados, precisamos orar pelos contrários aos princípios bíblicos. Mas, também, tomar atitudes. Vocês sabem que eu não compactuo com tudo o que diz o Pr. Silas Malafaia. Porém, algumas das ações dele são louváveis, especialmente, quando defende valores caros a nós, evangélicos. Vocês sabem que está em curso um abaixo assinado para cassar o registro de psicólogo do pastor, pelo fato de ele ter dito, e ninguém provou o contrário, que não se nasce gay. Outra pessoa foi e registrou uma petição a favor.

Nossos esquerdistas, sempre dando exemplo um exemplo particular de democracia, retiraram a petição a favor do Silas Malafaia do ar, quando as quantidade de assinaturas contrárias passaram a quantidade de favoráveis à cassação do registro, no site da Avaaz. Se você defende os valores bíblicos e deseja tomar uma atitude importante, assine a nova petição aqui, e apoie a causa.

Às 21:00h, estávamos com o número acima de assinaturas. O tiro de Abramovay saiu pela culatra. Não vi mais a petição no site da Avaaz.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Esmiuçando propostas - Parte 2


Dando continuidade à nossa análise das propostas do candidato Samuel Câmara (uma vez que não obtivemos acesso às propostas dos demais candidatos).

Proposta nº 02 - Impactar o Brasil com evangelização e avançar com missões

É uma excelente proposta. Especialmente, porque tivemos um plano nacional de evangelismo (a Década da Colheita) em 1990! Há, hoje na CGADB, uma tal Comissão de Planos e Estratégias de Evangelismo e Discipulado, que utiliza dados de 1993!? Estamos defasados. Se continuamos crescendo é pelo trabalho incansável de inúmeros irmãos nas igrejas. Noto, porém, um arrefecimento dos ânimos, por razões que não tem nada a ver com a Convenção Geral, mas que poderiam ser revertidos a partir de um plano estratégico.

Se a proposta, que é vaga e genérica no momento, for encampada pelas diversas convenções e massificada entre nossos membros, só temos a comemorar. Gostaria de aproveitar para informar que não é preciso reinventar a roda. A Cruzada do saudoso Bernard Jonhson implementou, por onde passou, uma estrutura eficiente e enxuta de evangelismo, atuando no treinamento, efetivo trabalho em campo e, por fim, no discipulado. Se o eleito pegasse as linhas mestras daquele trabalho e as implantasse nacionalmente, o problema já estaria resolvido.

Há, porém, um grave entrave. Não sabendo, exatamente, quantos membros temos, ficamos a reboque das informações repassadas pelas igrejas. Se formos contar os congregados (irmãos não batizados, adolescentes e crianças), a situação beira a calamidade. Sem falar que, por vezes, tais informações não são confiáveis. Seja por sua qualidade deficiente, como a precariedade dos registros, seja por má fé, o que acontece é que somos avessos a censos e levantamentos. Para que a proposta alcançasse um razoável nível de eficiência, a CGADB teria de centralizar e auditar os dados sobre decisões em todo o Brasil. É uma tarefa hercúlea, mas não impossível. Que o digam os Testemunhas de Jeová.

Outra dificuldade é que tudo isto tem um custo. Estariam as Convenções dispostas a bancar o custo de promoção de cruzadas nacionais de evangelismo? Do envio de novos missionários? Da atualização cadastral dos membros? A CGADB teria poderes para exigir uma contrapartida? Acho que não.

Esmiuçando propostas - Parte 1

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Esmiuçando propostas - Parte 1


Sou acusado de ser ácido. Muito menos por meus dez leitores cativos, do que por outros esporádicos. Dias atrás fiz uma breve análise sobre as eleições na CGADB, que gerou muita repercussão. Não pelo que foi escrito, uma vez que nada foi contestado, mas por algumas doxas existentes entre nós assembleianos. Que são, aliás, rescaldo de nossa cosmovisão evangélica como um todo. Basta, por exemplo, citar um nome, dentro de um contexto, sem depreciação direta, que as pedras clamam. Minha premissa é o debate sadio, visando sempre o futuro de nossa denominação. Não estou preocupado, ao menos num primeiro momento, em preservar pessoas, pois elas passam. A Assembleia de Deus, sem querer idolatrar uma denominação, é muito maior do que todos seus líderes e membros. Estamos, claro, apoiados sobre os ombros de gigantes, mas não podemos perder a visão panorâmica, do contrário personalizamos as coisas e vamos de mal a pior.

Hoje volto ao mesmo tema, sob outra perspectiva. Estamos a 47 dias da eleição que definirá o novo presidente. É o cargo mais importante que nos interessa debater no momento. Até porque os demais cargos são satélites de maior ou menor brilho, cuja influência é restrita. Vamos falar das propostas dos candidatos. Vou detalhar as propostas do Pr. Samuel Câmara, uma vez que não encontrei as dos demais candidatos. Não ao menos para esta eleição. Ressalto que não tenho pendores por nenhuma candidatura. E que se algum apoiador quiser acrescentar algo ao debate, terá todo espaço possível. Ok?

Proposta nº 01 - Começar uma Rede de Rádio e TV assembleiana

Primeiro os custos. Quanto custa montar/instalar uma rádio? Três? Quatro milhões? A soma vai por aí. Estamos falando de rádio com alcance estadual, e olhe lá. Para as vinte e sete unidades da federação, por baixo, teríamos: 27 x R$ 3 milhões = R$ 81 milhões! Nós estamos falando de rádio. Televisão é muito mais caro! Claro que uma ou outra igreja estadual ou convenção poderia agregar sua própria estrutura. Mas quem disse que isso é fácil? Ultrapassada esta etapa, restam outras quatro etapas críticas: as concessões, os custos de manutenção, a divisão de espaços e a audiência.

As concessões se referem às prováveis frequências a serem concedidas pelo Governo Federal. Há algumas associações que receberam as concessões em regime de funcionamento sem lucro. Algumas venderam, com contratos de gaveta, segundo informes, enquanto outras estão adormecidas, esperando quem queira bancar o custo de instalação e operar efetivamente a frequência. Para quem não tem, o Governo tem agido à conta gotas. Com os ventos contrários ao Cristianismo...

Os custos de manutenção são o nó da questão. Já foram feitos estudos que demonstram a inviabilidade financeira de TODOS os programas de rádio e TV evangélicos. Em outras palavras, a propaganda exibida neles não cobre as despesas. Via de regra são mantidos com ofertas e doações. É uma equação de difícil solução.

O que nos leva ao próximo entrave. Supondo que houvesse uma TV genuinamente assembleiana no Brasil, qual a fatia de cada Estado na programação? Levando em conta que uma Convenção cedesse espaço e estrutura é natural que ela quisesse um espaço maior. Mas como conciliar isso com a densidade e a qualidade do Sul/Sudeste? Fatalmente, após pouco tempo, haveriam brigas por espaço.

Pra piorar tudo temos a audiência. Cada vez menor de rádios e TVs. Ano passado, as cervejarias amargaram um prejuízo milionário no Carnaval, pois investiram pesado na telinha, enquanto os foliões estavam no Facebook! Com os evangélicos não é diferente. O público ouvinte é cada vez menor, os jovens estão cada vez mais conectados. Não sou tão jovem assim, mas não lembro quando ouvi uma rádio. Da última vez, há uns seis meses, acho, ouvi a Melodia FM, pelo tablet!

Sobra a pergunta: Como investir numa mídia que não cresce e não é sustentável economicamente? Somente pra dizer que tem? Sei não, deixar o espeto para a igreja, cuja maioria esmagadora não irá assistir aos programas, não parece uma boa ideia.

Voltaremos a este assunto mais adiante.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Será que Pernambuco teve uma pastora?

Revista VEJA, edição 219, 15/11/1972:


Pernambuco teve uma pastora? Ou foi só miopia da revista? Veja esse outro recorte:


Participava das reuniões administrativas? A revista pode até ter se confundido quanto ao cargo, mas quanto à participação... Joel Carlson, marido dela, faleceu em 08/09/1942... Eu já disse aqui, mais de uma vez, que a história é uma velha matreira.

Para comprovar o que está na revista VEJA, clique aqui e procure a edição 219, página 60. Com indicação do Mário Sérgio, do blog Memórias das Assembleias de Deus.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Que é o homem?


Um meteoro se desintegrou na atmosfera sobre os céus da Rússia, vocês já sabem. Além da história, disponível nas mídias em geral, gostaria de meditar com vocês, meus dez leitores, quão frágeis somos. As informações disponíveis é que era pequeno, mas a onda de choque gerada feriu, segundo as reportagens, 500 pessoas. Que é o homem? Pergunta o salmista (Salmos 8:4). Não somos nada. No instante em que um asteroide se acerca da Terra (a NASA afirma que passará longe), desejamos refletir com você: esteja seguro nos braços de Deus. Podemos partir a qualquer momento! Somos cacos entre os cacos, apesar de toda empáfia.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O mundo desabava!


Imagina a manchete do UOL acima numa cruzada evangelística!? O mundo caía! Fico cá pensando em como a imprensa, com seus estereótipos sobre nós, ficaria feliz de apontar os problemas. Iriam cair  como abutres, tentando cancelar os futuros eventos, apontar falhas e omissões, etc. Pense aí, se depois de uma grande cruzada restasse a quantidade de lixo que os foliões deixam nas ruas? Seria um Deus nos acuda!

Felizmente, não acontece em cultos e cruzadas os problemas noticiados. E eles não podem nos acusar. Mas eles gostariam...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Profetas na mesa!?



O termo profeta ou vidente é encontrado cerca de 310 vezes na Bíblia. Os profetas eram numerosos, especialmente, durante a teocracia judaica. Haviam escolas de profetas em Gibeá, Gilgal, Ramá, Betel e Jericó, entre outras cidades. Tais escolas funcionavam como boa parte dos seminários confessionais semi-internos. Catalisavam candidatos, mentoreavam as futuras lideranças, descobriam os talentos, fomentavam a santidade e cultivavam uma vida de oração e aprendizado. Para todos efeitos práticos, a não ser pela ausência de reclusão, eram semelhantes aos monastérios.

Os profetas e o poder

Os profetas mantinham um relacionamento íntimo com os círculos de poder. Eram consultados para que os reis pudessem sair à guerra (I Samuel 14:18). Influíam na legislação (Josué 10:14). Executavam juízos (I Reis 1:10,12). Eram cronistas do reino (II Crônicas 12:15). Por este ângulo, eram temidos. Os reis ímpios fugiam dos profetas (I Reis 22:8, 18) e/ou os perseguiam (Mateus 14:10). Tal temor era transmitido ao povo. Não à toa os profetas de Acabe comiam com sua mulher à mesa. Tê-los ao seu lado implicava na aparência de favor divino, portanto, um meio para impor uma, por vezes, deformada vontade de Deus.

Profetas na mesa

Olhando para a história de Israel vemos que os profetas, quando à mesa, ou no centro de poder, raramente mantinham-se isentos e puros. O caso que destoa desta realidade é o de Daniel. Mas ele não parecia gravitar em torno do palácio, tanto que quando apareceram as escrituras feitos pelo dedo de Deus mandaram-no chamar (Daniel 5). Ou seja, ele não estava na festa.

Grande parte dos profetas comiam na mesa do rei, aproveitando a facilidade e a fartura que ela representava. Aos reis interessava tê-los por perto, pelas razões enunciadas acima, entre outras. Mas tal simbiose denotava um comprometimento perigoso. Não sendo raro profecias sob encomenda (I Reis 22:11) e a gosto do freguês. Um profeta que se prezava não estaria disposto a tais posturas. Preferindo morrer a trocar seu dom por uma benesse.

Contextualizando

Hoje não é diferente. Há tantos profetas à mesa, não é? Tantos buscando aplausos e reconhecimento nos palácios eclesiásticos. Tantos se omitindo para não perder espaço e poder humano. Tantos que perderam seu dom ou o negociaram, a ponto de profetizarem mecanicamente.

O melhor lugar para um profeta é no deserto (Lucas 1:80). Foi lá que Deus moldou o incrível Moisés, o precioso Abraão, o abençoado João Batista. É no deserto que o profeta fala com Deus, Deus fala com ele e ele fala de Deus aos homens! O problema é que há muitos profetas com medo do deserto...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A síndrome do Sei fazer mas não quero!


Meu nome é Zezinho das Quantas. Estudei e concluí o ensino médio. Leio e escrevo razoavelmente. Tenho um bom conhecimento bíblico. Até me expresso bem ao microfone. Mas parei de ir à igreja. A razão é simples: o pastor vive implicando com um cargo pra mim! Pessoalmente, acho irrelevante. Por isso, vivo fugindo. Quando ele não está escalado, eu vou. Quando entra por uma porta, eu saio pela outra.

Não quero ter compromisso. Isso é coisa de quem não tem o que fazer. Até li na Bíblia que Deus só chama gente ocupado, mas não dá. Depois tem aquelas dificuldades de agradar a gregos e troianos. Aliás, gosto é de ver o que está errado na Igreja. Se não fizeram uma atividade adequada, se está faltando um ar condicionado, se um banco está quebrado. Aí eu chamo logo um diácono e desfio meu rosário. Quando não dá pra chamar ninguém, me junto a outros que pensam como eu e malho o pastor.

Percebo, por exemplo, aqueles diáconos incapazes de explicar uma passagem mais controversa. Não quero ser como um deles. E aqueles dirigentes que mal sabem cantar um hino? Os professores de EBD que não sabem explicar a lição? Estou olhando para eles e tendo a diminuir cada vez mais minhas idas à igreja.

O pastor não me esquece. Vez por outra, do púlpito, começa a falar sobre chamado. Que Deus chamou Abraão, Moisés, os discípulos. A palavra entra por um ouvido e sai pelo outro. Sabe o que ele veio dizer outro dia? Que Deus não tem um plano B. Ou seja, que ou eu e você vamos fazer a Obra de Deus ou não haverá quem a faça! É apelação, só pode. Aliás, obra de Deus é um termo vago. Posso estar no meu curso de teologia à distância, lendo e aprendendo. É muito melhor do que levar sol na cara.

Até saberia fazer algo na Igreja, mas não quero!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Papa renunciará!

Compreendendo sua fragilidade física o papa Bento XVI renunciará em 28 de fevereiro. O anúncio supreendeu a comunidade católica mundial. Mas é uma excelente lição para todos nós. É melhor parar honrado, do que desgastado. Joseph Ratzinger tem 85 anos.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Ecos de uma iniciativa


Metade dos meus dez  leitores sabe que está sendo realizada a Consciência Cristã, em Campina Grande/PB. A iniciativa é singular tanto pelo período em que é realizada, em pleno Carnaval, como pela diversidade de temas e preletores. Fui ano passado e fiquei apaixonado pelo formato e pelo conteúdo.

Como ecos diretos e indiretos da iniciativa, diversos outros grupos religiosos passaram a programar eventos semelhantes.  É bem verdade que alguns desses eventos já existiam, pois são mais antigos que a VINACC. Mas, com o crescimento deste último, os demais grupos passaram a ganhar uma visibilidade que não tinham, com direito a destaque na Globo. Como cereja do bolo vem a notícia de que incidentes de trânsito diminuem no período de Carnaval.

Espíritas, católicos, espiritualistas, Testemunhas de Jeová e até judeus, promovem seus eventos no período de Carnaval. E a cidade de Campina Grande passou a catalisar seus seguidores. Mesmo discordando teologicamente dos demais grupos não há como notar que a iniciativa ecoou. Tudo na maior paz e cada um na sua. Os espíritas promovem seu 40o. MIEP, os judeus promovem seu sétimo Amigos da Torá, os católicos promovem o Crescer e os espiritualistas vão promover o 22o. Encontro da Nova Consciência. As Testemunhas de Jeová promoveram um seminário para capacitação de surdos-mudos.

Parabéns ao Euder Faber, um visionário que toca a iniciativa com muita dificuldade e precisa da ajuda até mesmo dos que não podem participar do evento. Outra coisa, conversando com ele, fui informado que todas as denominações participam do evento em harmonia, nada de terreiros e quintais diferenciados. De um assim me gloriarei eu...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Quem quer bençãos?

Pronuncia-se, bêrêch. 
Refere-se à parte da perna que 
permite dobrar e agachar.
Também conhecida 
como joelho.
Pronuncia-se barach. 
Denota uma deferência
divina da qual, via de regra, 
o destinatário não é digno. 
Também conhecida 
como benção

As duas palavras pertencem à mesma raiz. Inclusive, ajoelhar também é barach! Não obstante, hoje, alguns querem a segunda palavra e rejeitam a primeira. Chegam a sentir verdadeira ojeriza.

Não tem jeito. Queres barach? Usa berech!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Breves linhas sobre o apego ao poder...


Nascemos sem poder. Governados pelas mãos maravilhosas de nossas mães, tateamos no ventre escuro da ingerência. Dependemos. Nossas exigências, porém, são grandes, só não se manifestam de maneira explícita  Há mães que entram em parafuso, não suportam o peso da gestação. Assim, nascemos. Olhamos o mundo construindo pequenos triunfos sobre o ser. Impotentes, carecemos do afeto, cuidado e carinho materno. Nossas mãos tateiam o infinito, agarrando gravetos imaginários. Não sabemos o que seremos, pouco podemos por conta própria. Aguardamos. Num estalar de dedos estamos andando e falando. Dominando códigos complexos de manifestação da vontade.

Meses depois começamos a fazer exigências. Queremos iogurte ao invés de fruta. Chiclete ao invés de jantar. Escolhemos hora para sentar à mesa, amigos e preferências sutis. Fazemos birra quando não queremos ir à escola. Crescemos. As competições crescem conosco. Amor, dinheiro, emprego, educação, segurança, prioridades, incertezas. Vamos aprendendo a decidir. Com as decisões chegamos na fase do empoderamento.

Coisas que pareciam meras aptidões, para muitos de nós se tornam manias. De grandeza, de superioridade, de superlativos. Conta-se que certo amigo encontrou outro e iniciou uma conversa. Comprei uma casa nova. Casei. Estou ganhando bem. Fui promovido. Estou com planos de viajar, conhecer o mundo. Etc. Meia hora depois ele se dirige ao interlocutor: Vamos falar de você? O que achou da minha moto!? O rapaz tinha ingerido grandes quantidades de narcisismo.

Há projetos mais sutis de poder. Que tal a história do irmão, que estando num determinado culto, deixava que todos glorificassem, falassem em línguas, exaltassem a Deus. Depois que todos calavam, ele começava a dar gritos altos de glórias, aleluias e línguas? Aquele coração tão jovem não se permitia se perder na multidão. Nada de falar com os demais, princípio da comunidade adoradora, ele queria destacar-se. Os exemplos são muitos. Eu sou jovem, tenho apenas 43 anos, mas já vi muitos filmes desses na vida real. Como aquele do pastor que queria tomar conta de uma congregação, somente para que todo ano fizessem uma festa de aniversário para ele?

O poder é um caminho perigoso. É como uma droga qualquer. Você se torna dependente. Se não for afagado, se ninguém lhe elogiar, se não for cogitado para determinado cargo ou não se perpetuar nele, começa a adoecer. O contraditório da Igreja é que toda honra, glória e poder pertencem a Deus. Somos fracos, finitos e falhos, somente o Senhor é poderoso. Mas é uma lição que não decoramos nas aulas de teologia. Quantos obreiros Brasil afora, somente pra não se estender muito, estão sendo hostilizados pelo simples fato se serem mais capazes intelectualmente do que seus superiores? Enquanto outros se engalfinham somente para descobrir quem manda mais? Sim, sim, é lamentável que seja assim, mas é!

Curiosamente um caso estranho à igreja vem ilustrar cabalmente este post: a eleição de Renan Calheiros para a presidência do Senado. Ele não precisa do cargo, porque é influente e temido. Ele não precisa de prestígio, porque todos beijam sua mão. Não precisa do dinheiro, porque é muito rico. Mas lhe causa certa estranheza não ser o centro, ter o comando, o poder nas mãos. Sarney, o que sai por pura deferência, tinha a mesma doença. Só mudam os atores. O apego é o mesmo. Eles não querem sequer fazer nada melhor ou diferente. O que interessa é o trono.

Nullum similitudinem non est dato.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Homens de partido...


Barafunda na eleição de Renan Calheiros. O senador foi (re)eleito para a presidência do Senado. A imprensa caiu em cima da ficha criminal do eleito. É extensa, se fosse um mortal comum já estaria longe da vida pública.

Mas, convenhamos, aonde estavam os senadores evangélicos? Tão afeitos à bradar sua religião em assuntos relativos à moral e costumes, calaram-se placidamente quanto à eleição. Ou, por outra, Renan lhes inspira mais medo que os gays?

São homens de partido, representam o projeto que lhes interessa. Não representam o povo brasileiro, muito menos os evangélicos. Vamos aguardar pela eleição da presidência da Câmara dos Deputados...

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Exemplos bíblicos de (sintomas de) depressão


Casos Bíblicos de Depressão  - Do Blog do Juber Donizete

Collins (1995, p. 85) cita alguns de depressão na Bíblia:

- Moisés: "Então, Moisés ouviu chorar o povo por famílias, cada um à porta de sua tenda; e a ira do SENHOR grandemente se acendeu, e pareceu mal aos olhos de Moisés. Disse Moisés ao SENHOR: Por que fizeste mal a teu servo, e por que não achei favor aos teus olhos, visto que puseste sobre mim a carga de todo este povo? Concebi eu, porventura, odo este povo? Dei-o eu à luz, para que me digas: Leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança que mama, à terra que, sob juramento, prometeste a seus pais? Donde teria eu carne para dar a todo este povo? Pois chora diante de mim, dizendo: Dá-nos carne que possamos comer. Eu sozinho não posso levar todo este povo, pois me é pesado demais. Se assim me tratas, mata-me de uma vez, eu te peço, se tenho achado favor aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria." (Nm 11.10-15)

- Davi: "Ó SENHOR, Deus da minha salvação, dia e noite clamo diante de ti. Chegue à tua presença a minha oração, inclina os ouvidos ao meu clamor. Pois a minha alma está farta de males, e a minha vida já se abeira da morte. Sou contado com os que baixam à cova; sou como um homem sem força, atirado entre os mortos; como os feridos de morte que jazem na sepultura, dos quais já não te lembras; são desamparados de tuas mãos." (Sl 88.1-5)

- Elias: "Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais. [...] Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos [...]" (1 Rs 19.4; Tg 5.17)

- Jeremias: "Maldito o dia em que nasci! Não seja bendito o dia em que me deu à luz minha mãe! Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho!, alegrando-o com isso grandemente. Seja esse homem como as cidades que o SENHOR, sem ter compaixão, destruiu; ouça ele clamor pela manhã e ao meio-dia, alarido. Por que não me matou Deus no ventre materno? Por que minha mãe não foi minha sepultura? Ou não permaneceu grávida perpetuamente? Por que saí do ventre materno tão-somente para ver trabalho e tristeza e para que se consumam de vergonha os meus dias?" (Jr 20.14-18)

- Jonas: "Com isso, desgostou-se Jonas extremamente e ficou irado. E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal. Peço-te, pois, ó SENHOR, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver." (Jn 4.1-3)

- : "Por que não morri eu na madre? Por que não expirei ao sair dela? [...]. Porque já agora repousaria tranquilo; dormiria, e, então, haveria para mim descanso [...]. Por que se concede luz ao miserável e vida aos amargurados de ânimo, que esperam a morte, e ela não vem? Eles cavam em procura dela mais do que tesouros ocultos. Eles se regozijariam por um túmulo e exultariam se achassem a sepultura. Por que se concede luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus cercou de todos os lados? Por que em vez do meu pão me vêm gemidos, e os meus lamentos se derramam como água? Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece. Não tenho descanso, nem sossego, nem repouso, e já me vem grande perturbação. [...] Eu sou íntegro, não levo em conta a minha alma, não faço caso da minha vida." (Jó 3.11, 13, 20, 21-26; 9.21)

Segundo Collins (ibd., p. 74), o próprio Jesus no Getsêmani, manifestou sintomas de depressão: "e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo." (Mt 26.37-38)

O problema é...

Silas Malafaia declarou "Nos últimos cinco anos eu vendi mais de um milhão de livros por ano", no De Frente com Gabi, segundo o Notícias Cristãs. Fiquei pensando: teríamos cinco milhões de leitores? Ou um milhão com cinco livros? Nem uma coisa, nem outra, afirmo com base no conhecimento pessoal. As pessoas contribuem para o ministério dele e recebem o livro em troca. Dos que recebem os livros, uma parte lê, uma parte guarda numa estante e a outra parte joga em qualquer lugar.

Como se conhece uma pessoa que gosta de ler? Pela maneira como escreve e como fala. Se partirmos para a leitura crítica, aí é que o negócio desanda. Pelo bem, pelo mal, comprem os livros (não só de Malafaia). É melhor tê-los. Vai que bate uma fome cultural.

Essa história é igual à das Bíblias de Estudo... É cada lapa de barra de papel para secar o suadouro! Depois eu sou um crítico desalmado. Vamos ler?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Será bíblico?


Ouço aqui e ali comentários sobre obreiros e pastores que no culto de doutrina (ou que nome tenha o culto de ensino noturno da Palavra de Deus), citam, ainda que lateralmente, conselhos dados a membros em situações que seriam comuns a outros. Certo irmão me procurou para comentar o que seria, segundo ele, falta de ética. Ao enfrentar uma crise conjugal e pedir aconselhamento, tais crises e suas razões foram abordadas, ainda que o nome dele e de sua esposa não foram citados.

Fui para a Bíblia e lá não há impedimento direto à tal postura. Ainda que concorde que se deva evitar tal comportamento, ele se choca com as inúmeras assertivas paulinas, por exemplo. Imagine que as cartas eram lidas a partir do púlpito, para o conhecimento de toda igreja e João escreve algo assim: Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe. Por isso, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja (3 João 1:9-10)? Seria um Deus nos acuda!

Imagina o obreiro ler uma carta do pastor à igreja, cujo desfecho é: Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé. E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar (1 Timóteo 1:19-20)? Assim, citando nomes!? A casa caía! O pastor seria processado, etc e tal! E se ele dissesse que era um absurdo que um irmão tivesse por mulher a esposa de seu próprio pai (I Coríntios 5:1), lembrando que quando a carta fosse lida em Corinto não haveria muitas pessoas nesta situação?

Mesmo compreendendo a boa intenção e até mesmo prestando atenção aos ventos de nosso tempo, observo que se o ensinamento serve aos demais não podemos perder as oportunidades. Tudo com ética e respeito.