quinta-feira, 6 de junho de 2013

A vergonhosa tendenciosidade da mídia brasileira contra os evangélicos

O Reinaldo Azevedo, que, já disse aqui, nos defende mais que todos os parlamentares juntos, postou em seu blog o texto abaixo. Deveria ser lido por todos que pensam o evangelho no Brasil. Mas não será. Ele fala sempre dos padrecos aqueles que renunciaram à batina, para serem meros militantes. Há a versão evangélica: os pastorecos. Alguns dos quais ficam assanhados pelo alinhamento politicamente correto. Vide Rede FALE. Se nós, igrejas tradicionais e pentecostais históricas, tivéssemos uma entidade representativa... na falta qualquer um nos representa, e não representam nenhum de nós. Claro, claro, nossas armas são espirituais. Deveríamos abandonar a internet, as mídias e tudo aquilo que não é espiritual em troca dessas armas? Ou elas também englobam o correto discernimento de um tempo? Registre-se que uma trupe de gatos pingados LGBTs teve mais destaque no UOL, por exemplo, do que uma multidão de 40 mil pessoas, pela estimativa menor. E isto numa quarta-feira...

Evangélicos na praça – Título de texto de reportagem do Estadão Online traz conteúdo que não está na reportagem e que, parece-me, distorce os fatos

O Estadão Online publicou às 19h33 um texto sobre a manifestação de evangélicos ocorrida nesta quarta em Brasília, que reuniu milhares de pessoas — 40 mil segundo a Polícia Militar; 70 mil segundo os organizadores. O palco tinha uma imagem de fundo com a pauta da concentração. O primeiro item era a liberdade de expressão — e, sim!, também se fez a defesa da “família tradicional”, o que quer dizer um “não” ao casamento gay. E também se falou em defesa da vida — isto é, contra o aborto. Os cristãos também se manifestaram em defesa da liberdade religiosa, que pode, sim, ser ameaçada pela PLC 122 se aprovada. Não é questão de gosto ou de achismo, mas de fato.
Às 19h33, o Estadão Online publicou um texto a respeito, de autoria de Eduardo Bresciani. O título é este: “Em ato contra gays, Silas Malafaia diz que união homoafetiva é crime”. Há uma diferença entre fazer um “ato contra gays” e um ato contra a pauta que inclui o casamento gay. E não se trata de mera retórica. Justiça se faça ao texto, essa distorção está no título da reportagem, não no texto. Não dá para atribuir ao repórter. Há coisa ainda mais estranha.
Procurei no texto de Bresciani a fala de Malafaia que chama de “crime” a união homoafetiva. Não achei. Se o pastor falou mesmo isso, o repórter não registrou na reportagem. Por alguma razão, foi parar no título. O que li no texto é outra coisa: o líder religioso rejeita, e está certo, o que chama “crime de opinião”.
Leiam o texto do Estadão e comparem com que vai no título. Leiam a reportagem e procurem a fala do pastor que chama a união homoafetiva de crime. Não vão encontrar.
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Por Eduardo Bresciani:
Milhares de evangélicos participaram nesta quarta-feira, 5, de uma manifestação em Brasília, convocada por pastores e liderada por Silas Malafaia, em defesa da liberdade religiosa. Pastores e políticos fizeram ataques ao movimento LGBT, ao governo federal e ao poder Judiciário.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que estimativa era de um público de 40 mil pessoas. A organização estimou em 70 mil o número de presentes e informou ter gasto R$ 500 mil na realização do evento, incluindo propagandas televisivas convocando o público. A Associação Vitória em Cristo arcou com os custos.
Principal organizador do evento, o pastor Silas Malafaia foi quem falou por mais tempo e fez o discurso com mais ataques aos “adversários” dos evangélicos. Ele começou com diversas críticas ao que chamou de “ativismo gay”, em referência ao movimento LGBT.
“O crime de opinião foi extinto e o ativismo gay quer dizer que a minha opinião sobre a união homoafetiva é crime. Nós chamam de fundamentalistas, mas eles são fundamentalistas do lixo moral, o ativismo gay é o fundamentalismo do lixo moral”, afirmou Malafaia. “Tentam comparar com racismo, mas raça é condição, não se pede para ser negro, moreno ou branco. Homossexualidade é comportamento. Ninguém nasce homossexual”, complementou.
Malafaia criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por terem “na caneta” aprovado a união civil entre pessoas do homossexual e obrigar cartórios a registrar o casamento gay. Criticou ainda o governo pela indicação de Luís Roberto Barroso para o STF por ele já ter defendido a legalização do aborto. Atacou ainda o PT destacando o julgamento do mensalão e sugerindo que a indicação de Barroso poderia ter como objetivo absolver os condenados. “O povo quer ver os mensaleiros na cadeia”, disse. Encerrou destacando ser o objetivo do evento mostrar a força dos evangélicos. “Esse nosso evento é um ensaio, um exercício de cidadania. Não somos cidadãos de segunda classe, vamos influenciar a nação”.
Um dos mais ovacionados pelo público foi o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da comissão de Direitos Humanos da Casa. Ele citou em seu discurso os ataques que sofreu desde que assumiu a comissão. “Depois de 90 dias no vale da sombra, das mortes, estou aqui para dizer que represento vocês”, disse Feliciano. Ele afirmou ainda que a “família” tem de vir antes do governo e da sociedade e concluiu seu pronunciamento dizendo esperar pela eleição de um presidente da República evangélico.
Outro tema que motivou protestos de vários dos convidados a discursar foi o projeto que criminaliza a homofobia, em tramitação no Congresso. O senador Magno Malta (PR-ES) afirmou que há um objetivo de criar uma “casta de homossexuais” e garantiu que a bancada evangélica não deixará essa proposta ser aprovada.
Apesar de o evento ter sido convocado como manifestação pacífica houve truculência no palco quando seguranças confundiram, no palco, a bandeira de uma igreja com a do movimento LGBT. O material era da Igreja Quadrangular e foi apreendido de forma brusca pelos seguranças que retiraram com força um pastor e outro integrante do grupo. Após ter sido esclarecido que os envolvidos na confusão eram evangélicos a entrada deles foi liberada, mas a organização confiscou a bandeira afirmando que o material não poderia ser exibido para não vincular o evento a nenhuma igreja específica.
Por Reinaldo Azevedo

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