1.
Que devemos
relembrar a morte de Cristo
Ele disse: Fazei isto em memória de
mim (v. 24). Esta lembrança não se dá como alguém que partiu e deixou um vazio,
através de sua morte nos doou a redenção eterna e o perdão dos pecados (Hb
9:12). Esta é a razão pela qual não há problema algum se o salvo participar de
mais de uma Ceia num mês. Pelo contrário, desde que em todas ocasiões lembrássemos
do seu sacrifício na cruz, bom seria que pudéssemos cear todo dia
2.
Que seu
sacrifício não se repete
Quando partimos o pão e o vinho não
estamos repetindo o sacrifício, mas o gesto. O gesto simbólico abre as portas
da imaginação para que possamos nos transportar ao Calvário. Poderíamos falando
fazer isto? Certamente. Mas o pão partido e o vinho bebido traduz a mesma
realidade para todos de igual modo, sendo um meio eficaz de sintonia física para
tal reflexão
3.
Que o ato
deve ser essencialmente comunitário
Faria pouco sentido comermos e bebermos
juntos se o nosso coração não está unido ao irmão. Gestos menores como a oferta
(Mt 5:24; 23:19) não são recebidos por Deus se houver contenda, desunião e
discórdia. Assim como Ele sonda e conhece os que estão em pecado, para considera-los
indignos do seu corpo e seu sangue, igualmente sonda e rejeita os desunidos. A
essência é de tal relevância que Paulo disse que os que quiserem comer por
fome, comam em casa! Na Igreja comemos por união!
4.
Que nossa indignidade
meritória é patente
Nada pudemos fazer para nos tornar
dignos por nossos próprios méritos de participar de tão sublime cerimônia. Não
foi nosso bem, nem nenhuma outra característica que nos condicionou a estarmos
à sua mesa. Unicamente o sangue de Jesus (Hb 10:19) foi a senha que permitiu
nossa chegada (I Pe 1:18,19). Há os que chegam neste culto olhando para o
relógio, para as acomodações, para o pregador. Na verdade, nós não tínhamos condição
alguma de estar aqui, fomos convidados por misericórdia, deveríamos estar mais
que gratos por sermos um dos convivas. A festa é do Senhor!
5.
Que quem
ceia indignamente engana a si mesmo
A participação individual deve
evocar um elevado sentimento de pecado e de perdão. Pecado pela consciência de
que somos pecadores. Perdão pela certeza da eficiência do sacrifício de Cristo
para nos perdoar de todos eles. Quem come e bebe indignamente (v. 29) tenta
enganar Jesus, que outrora morreu, mas está vivo e sonda os corações (Rm 8:27,
I Ts 2:4) é uma atitude absurdamente insensata
6.
Que a Ceia
é um momento de paz e renovação espiritual
Assim como grandes tensões
assaltavam a mente de Cristo, nos instantes finais de seu ministério, hoje nos
achegamos à mesa com nossas lutas e dores. O Jesus que disse aos seus discípulos:
Tende bom ânimo (Jo 16:33), repete a mesma frase para nós a cada dia e, em
especial, a cada Ceia. Naquela noite uma incrível paz assomou a mente de Jesus.
A gloriosa paz que apazigua as tempestades do tempo presente penetra em nossa
mente e renova nossas esperanças! Cristo está presente renovando sua Igreja!
7.
Que devemos
aguardar o dia que cearemos com o Mestre no Céu
Na última Ceia disse Jesus: Não
beberei de novo até aquele dia... (Mt 26:29). As outras duas perspectivas da
Ceia: passado, quando relembramos sua morte e sofrimento, presente, quando
celebramos a salvação das nossas almas, não se comparam à glória de estarmos
com nosso Senhor no Céu. Sendo que a Ceia é um evento novo, reservado para sua
Igreja, a noiva imaculada. Você, eu, nós, vamos estar lá!
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