quarta-feira, 9 de maio de 2012

Método didático para entender a seca que volta!

É sempre a mesma coisa:
1) A estiagem é prevista pelos institutos de meteorologia;
2) Ela chega e arrasa tudo;
3) O povo passa a depender de esmolas públicas;
4) Os governos decretam calamidade pública, somente para poderem faturar em cima;
5) Prometem uma enxurrada de dinheiro, do qual chegam migalhas;
6) O grosso fica com atravessadores;
7) Uma parte da população atingida incha os grandes centros urbanos;
8) A seca passa, o povo volta a plantar e criar;
9) Os mesmos candidatos, ao menos em termos de ideias, voltam e eles votam;
10) Aguarda-se a nova seca.

O agravante desta vez é que:
1) O rio São Francisco está sendo desviado para a obra mais cara do PAC, que já deveria ter terminado há duzentos anos. Muitos dos que tinham água nas cidades sertanejas, já não a tem com a mesma abundância e regularidade;
2) A obra citada no item 1 não tem data para acabar. É uma modalidade nova de gestão, a obra sem prazo. Transnordestina, Refinaria Abreu e Lima, transposição, Minha Casa, Minha Vida...
3) Os grandes centros já estão saturados!

Com a palavra os gestores. Ah! Não tem o que dizer? Não é novidade. A propósito, e sem ter nada a ver com os funcionários, você sabe aonde é o DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca) em Recife? No aprazível bairro da Tamarineira, cercado de árvores e água (ainda que de esgoto). Sabe aonde é a melhor universidade  de agronomia de Israel? No Neguev! É por isso que a nação exporta frutas, plantando em pleno deserto da Judeia.


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